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domingo, 12 de novembro de 2017

Devemos parar para questionar o seguinte: Sendo a mulher a base das famílias e também da sociedade Que sociedade estamos a construir para daqui a quinze anos?!



O Drama de uma adolescente Grávida!

A gravidez precoce é um dos dramas que mais comprometem o futuro das adolescentes e o desenvolvimento das sociedades Africanas.
De acordo com um estudo publicado 60% da população Africana é jovem com idades compreendidas abaixo dos 24 anos
No nosso país de acordo com os resultados preliminares do Censo 2014, dos 24,3 milhões de habitantes, 11,8 milhões são do sexo masculino (48%) e 12,5 milhões do sexo feminino (52%).
Se considerarmos que dentro destes 52% da população feminina está inserida um bom número de adolescentes que diariamente correm sérios riscos de engravidar precocemente, e em consequência disso deixam de estudar, são colocadas fora de casa, abandonadas pela própria família, muitas vezes entregues aos adultos que criminalmente envolvem-se com as mesmas, devido ao fraco poder financeiro das suas famílias e muitas vezes não encontram por parte da sociedade a proteção que lhes é devida por Lei …

Devemos parar para questionar o seguinte:
Sendo a mulher a base das famílias e também da sociedade
Que sociedade estamos a construir para daqui a quinze anos?!
Como é possível imaginar o desenvolvimento sustentável sem o potencial destas adolescentes, hoje jovens… mas amanhã serão a força motriz do desenvolvimento do país.
Que desenvolvimento teremos, se não as capacitamos, não as protegemos, e não responsabilizamos severamente estes adultos que criminalmente envolvem-se com menores… As nossas menores!!!

Adolescência, Puberdade e Sexualidade

Com a chegada da adolescência chega também um mundo novo por descobrir:
O ser humano começa a sofrer transformações físicas, alterações no comportamento e nos interesses pessoais, isolam-se e juntamente com tudo isso vem a descoberta da sexualidade.
Esse conjunto de mudanças físicas e psicológicas fazem parte de um processo natural que deve ser bem acompanhado simultaneamente, pela família, pela escola, pela igreja e sociedade se quisermos ver as nossas adolescentes tornarem-se adultos capazes de contribuir ativamente no processo de desenvolvimento do nosso país.


Um caso real
Algumas adolescentes vivem a descoberta da sua sexualidade, literalmente nas ruas. São mal influenciadas pelas amigas, vizinhos, colegas, internet e nunca por intermédio dos pais ou nas escolas. Em muitas igrejas este assunto ainda continua a ser tabu.
E prova disso mesmo, dou como exemplo a Maria João (nome fictício) que deu entrada em um hospital, com 15 anos grávida acompanhada pela irmã do pai do seu filho.
Questionei-a e a Maria João disse que pelo facto do seu pai ser muito severo pô-la fora de casa tão logo soube da sua gravidez. A Mãe por ser doméstica e dependente teve de aceitar a decisão do chefe de família e virar as costas a sua própria filha.
Maria João com apenas 15 anos, parou de estudar e estava agora em casa da família do rapaz, que na altura já beirava os 30 anos.
Disse mais! Que nem sequer sabia que poderia ficar grávida, que a sua mão nunca tivera conversado com ela sobre o assunto.
Daí ser importante que se reforce a informação sobre como é importante iniciar a vida sexual única e exclusivamente na maior idade e com plena capacidade para responder legalmente pelos próprios atos.

Em conversa com a Gineco Obstetra Dra. A.C (nome fictício) do mesmo hospital, foi possível conhecer de perto todo o drama por que passam as adolescentes grávidas começando pela rejeição da própria família, o fraco poder de aquisição financeira da família da mesma, a falta de dinheiro para as consultas pré natal, as complicações no parto, o serem encaminhadas tardiamente para os hospitais, algumas automedicam-se algumas vezes provocando a própria morte a elevada austeridade dos pais, falta de orientação materna são fatores que estão diretamente ligados a maior parte dos casos de adolescentes grávidas por todo o mundo.




Soluções

De acordo com a Organização Mundial da Saúde OMS, Em 2011, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma resolução incentivando os países a implementar medidas que levem à melhora da saúde das adolescentes e jovens no mundo. As recomendações têm como objetivo reduzir os casamentos antes de 18 anos, diminuir as gestações entre adolescentes e jovens com menos de 20 anos e aumentar o uso de contracetivos.
A OMS estabeleceu outras metas para reduzir os casos de sexo forçado com crianças, adolescentes e jovens, assim como abortos ilegais e partos precoces.
É preciso que se faça um trabalho de reintegração destas adolescentes no seu novo papel de mãe tanto nas comunidades em que vivem quanto na sociedade, orienta a OMS.
Esta socialização deve ser realizada, simultaneamente, pela família, pela escola, pela igreja, pela mídia entre outros.
Perguntados a respeito de quem mais os tem ajudado, os pais adolescentes apontam os amigos, quando o assunto for o sexo. O mesmo estudo indica que os pais foram referidos por aproximadamente 20% dos adolescentes como fonte de esclarecimento de dúvidas, independentemente do assunto abordado
Este artigo é endereçado a si adolescente, para que tenha plena noção do drama de outras adolescentes que não tiveram a sorte de conhecer

Artigo publicado na Revista Mundo Jovem de Autoria da Jornalista Neusa e Silva 

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