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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Opinião: Poderá o executivo Angolano alcançar a meta de Privatização de mais de 70 empresas públicas via Bolsa?




O  Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um financiamento, com um período de carência de  três anos num valor de cerca de US $ 3,7 bilhões ou 361% da cota de Angola) para apoiar o programa de reforma econômica de Angola.

Espera-se que o referido  programa ajude  Angola a restaurar a sustentabilidade externa e fiscal bem como  lançar as bases para uma diversificação económica sustentável liderada pelo sector privado.

A este respeito, o sequenciamento das reformas e a implementação de medidas de compensação serão importantes. ( devo dizer que é expectável que haja alguma dificuldade, pela constante mudança dos executores e o não sequenciamento das ações iniciadas pelos seu antecessores embora haja já um maior acompanhamento por parte do executivo aquando da implementação de novas medidas) o fortalecimento da gestão financeira pública deverá melhorar a alocação de recursos públicos escassos e fortalecerá a formulação e implementação de políticas, diz o referido relatório.

 De acordo com o FMI é expectável que a  depreciação cambial e o comprometimento com uma bolsa de valores possam ajudar a alavancar a economia nacional.

Ora se considerarmos que o executivo bem no início de funções apontou a Bolsa de Dívida e Valores de Angola, como um dos principais meios para revitalizar (financiar/privatizar) algumas empresas públicas e assim diminuir o seu “fardo” orçamental,  e sendo está também uma das exigências do FMI, a operacionalização da Bolsa de Valores, os mais desatentos poderiam facilmente pensar que com a estreia  no mercado de títulos privados do Standard Bank Angola naquela plataforma, ao emitir a primeira  parcela de obrigações,  no valor de  4,7 mil milhões de kwanzas (15 milhões de dólares)  estivéssemos muito próximo de alcançar tal objectivo.

O que na minha opinião não corresponde  propriamente a um passo nessa direcção, a não ser pelo facto da  Bodiva puder estrear um segmento dos seus vários serviços no sector privado, que até ao momento só era beneficiado pelo sector público.

Sendo o Grupo Standard Bank, sedeado em Joanesburgo (África do Sul),  o maior banco africano em termos de activos com uma presença única em 20 países africanos. Está cotado na bolsa de valores  sul-africana ( JSE) acumula uma experiência de 153 anos na África do Sul, tendo iniciado a sua internacionalização, através do estabelecimento de agências fora deste país, no início dos anos 90. E tendo como o maior acionista nada mais nada menos que o   Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), o maior banco do mundo, com uma participação de 20.1 %. Logo, com este  historial e participações em vários mercados, está portanto a altura de cumprir com todo um exigente reporte financeiro que o processo exige.

Ao contrário das setenta e quatro empresas do sector empresarial público, que foram selecionadas pelo executivo para serem privatizadas,  maioritariamente do sector industrial, incluindo as empresas do universo Sonangol.
Para escrever este artigo fui consultar a análise e avaliação dos documentos de prestação de contas das empresas do sector empresarial público exercício 2016 disponibilizado em 2017

O referido relatório dá conta de que no universo do sector empresarial público angolano existem pelo menos noventa e duas empresas, sessenta e quatro delas pertencentes  ao sector empresarial público, onze empresas de domínio público, trés Golden Share e catorze participações minoritárias. 

Destas noventa e duas empresas apena setenta e cinco encontravam-se na altura operacionais ( 16% em fase de arranque, 5% em fase de desenvolvimento, 31% apresentavam actividade residual e 48% activas) o que reduz a margem para privatizações a apenas trinta e seis empresas correspondentes a 48% em actividade.

Destas trinta e seis, apenas onze tiveram as suas contas homologadas sem reservas e na minha opinião estás onze poderiam vir a ser  base para as futuras privatizações em bolsa se tivermos em conta o alto nível de exigência de reporte financeiro que o processo exige.

Estou a falar de empresas como o Entreposto aduaneiro de Angola, a Angop, a Imprensa Nacional, o Grupo Ensa, a Taag, a Unicargas, a Empresa Portuária de Luanda, de Lobito e do Porto Amboim, bem como os caminhos de ferro de Luanda.

Todas as outras empresas, caso venham a ser realmente privatizadas acredito que terão de passar por algum outro processo que algumas outras empresas públicas já tiveram sido submetidas, uma vez que não será a primeira vez que o Estado privatiza algumas empresas, sem qualquer recurso a Bolsa de Divida e Valores de Angola, com sucesso.

Quando conseguirmos efectivar a privatização de alguma empresa do sector público via bolsa, aí sim penso que estaremos diante de um marco histórico no crescimento da economia Angolana e a caminho de uma diversificação económica sustentável liderada pelo sector privado

Mais sobre a Operação:

Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA) estreou-se no mercado de títulos privados ao admitir o Standard Bank Angola naquela plataforma, com a primeira parcela de uma emissão de obrigações,  no valor de  4,7 mil milhões de kwanzas (15 milhões de dólares)

Tratou-se de uma oferta em mercado primário a taxa de  17% a.a., uma maturidade de trés anos, vencendo-se no dia 11.12.2021. De acordo com informação disponibilizada pela Bodiva os atuais detentores das obrigações poderão vender as obrigações a qualquer investidor que os pretenda adquirir, desde que não sejam investidores não residentes. Sendo investidores não residentes, só poderão vender a favor de um outro investidor não residente, conforme disposto no n.º2 do artigo n.º3, do Aviso N.01/2017, do Banco Nacional de Angola.

De acordo com estabelecido e segundo a Bodiva, os investidores não residentes poderão adquirir estas obrigações através da transmissão da sua intenção de compra a um dos membros BODIVA, o qual irá inserir a ordem de compra no Mercado de Bolsa de Títulos do Tesouro, através do sistema de negociação da Bolsa de Divida e Valores de Angola (“BODIVA”). Havendo interesse por parte de algum actual detentor em vender as obrigações, a um preço igual ou inferior ao da ordem, o negócio será automaticamente efetuado pelo sistema de negociação.






quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Enquanto a China e os EUA lutam entre si, a economia da Índia apresenta o maior crescimento económico de todo mundo!


O Produto Interno Bruto (PIB) da Índia cresceu 8,2% ano a ano no último trimestre, segundo dados do governo, ante 7,7% nos três primeiros meses de 2018. Os analistas previam um crescimento de 7,6%.


A Índia é a economia que mais cresce no mundo e se expande mais rapidamente que a China, que registrou um crescimento econômico de 6,7% no segundo trimestre.


A disputa comercial entre China e Estados Unidos em 2018 começou depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a 22 de março de 2018 a intenção de impor tarifas de US$ 50 bilhões a produtos chineses, baseando-se na Lei de Comércio de 1974 e citando um histórico chinês de "práticas comerciais desleais" e roubo de propriedade intelectual.


Resumo dos Mercados em 2018: Quer abrir o ano em grande? As ações da África do Sul negoceiam em baixa! Aproveite







Guerras comerciais, selloffs, instabilidade política e quedas do petróleo marcaram o ano findo. 
Alguns analistas acreditam que o desempenho dos mercados no primeiro mês, determina o comportamento do mesmo ao longo do ano.
Em 2018 após dois selloffs e depois de lançada a dúvida que o rally acionista poderia ter chegado ao fim, este prognóstico não podia estar mais  errado.


Já em  Wall Street  há duas máximas relacionadas com janeiro. A primeira diz que os primeiros cincos dias do ano vão determinar todo o mês, enquanto a segunda afirma que a variação do mês de janeiro vai ditar o rumo de todo o ano.
 As duas máximas estiveram erradas em 2018. Os primeiros cinco dias do ano nas bolsas não foram todos no verde e o mês acabou por ser de fortes ganhos: o índice pan-europeu Stoxx 600 disparou 6,28%, enquanto o português PSI-20 valorizou 5,11%. Nos EUA, S&P 500 avançou 5,62%, as ações da África do Sul perderam mais de 11% e o principal índice Chinés foi o que mais desvalorizou e todo mundo  perdendo 27% 
Mas afinal o que terá acontecido?

Um janeiro tão generoso  poderia  significar para os investidores em  2018  um ano de sonho, certo? Errado!
 O impulso de início de ano dado pela reforma fiscal de Donald Trump às bolsas dos EUA perderam  força e a guerra comercial foi ganhando peso. Na Europa, além do efeito contágio, a instabilidade política também penalizou o desempenho das mesmas. Em dezembro, o Stoxx 600 e o PSI-20 entraram em bear market (com uma desvalorização superior a 20% face ao último máximo) e o S&P 500 andou a namorar o mesmo marco. Ao contrário do primeiro mês do ano, o acumulado em Dezembro ficou no  no vermelho para todas as bolsas. 
Normamlmente dezembro é o mês em que os investidores recebem um presente no sapatinho. O fecho de contas, considerações fiscais, mudanças nos investimentos para preparar o ano seguinte e até mesmo (na opinião de alguns) a alegria e otimismo com a quadra festiva, levam a valorizações  das acções no período entre o Natal e o Ano Novo. É o chamado rally do Pai Natal.
No último ano não só não chegou, como dezembro destronou setembro como o pior mês do ano e foi nos EUA que mais se notou.
Com uma guerra comercial como pano de fundo, as perspetivas de desaceleração do crescimento económico global associado à política monetária da Reserva Federal dos EUA e ao tombo no preço do petróleo desde outubro penalizaram as bolsas. 
Já os  investidores sul-africanos tiveram igualmente um ano negro uma vez que um total de  quarenta companhias listadas na  JSE caíram em média 13%
Na bolsa Sul Africana o único índice que registou um bom  desempenho ao longo do ano foram os estoques de mineração registando um aumento de 2% na última semana do ano,  quase 65% das ações estão agora em um mercado de baixa, o que significa que elas caíram mais de 20%.


De acordo com o analista Santangelo  falando ao site Bussines Insider, as perdas são em parte devido a fatores internacionais.  Os mercados emergentes em todo o mundo têm estado sob pressão devido às guerras comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, e  devido aos temores de que o crescimento econômico chinês possa ser enfraquecido. Factores que  pesaram no sentimento do mercado emergente global prejudicando a procura por recursos sul-africanos em particular.
As taxas de juros mais altas nos EUA   reverteram os fluxos de investimento na África do Sul, o que por sua vez prejudicou o rand.
Outro fator importante foi a queda maciça de 28% na gigante chinesa de tecnologia Tencent. A empresa sul-africana Naspers - que representa um quinto do valor da JSE - possui mais de 30% da Tencent.

Olhando agora para a Ásia…

2018 foi um ano caracterizado por performances abismais no mercado de ações em todo o mundo...
Mas a China levou o biscoito, perdendo quase 27% , que  foi quase o dobro da queda de seu rival mais próximo, o Nikkei 225 do Japão, que caiu 14%.
O CSI 300, índice de ações da China , encerrou as negociações do ano na sexta-feira, 28 de dezembro,  perdendo cerca  de 27% de seu valor, quase o dobro da queda de seu concorrente mais próximo, o Nikkei 225, que caiu 14%. .
As razões para a queda do mercado acionário chinês são numerosas, com fatores globais, como o aperto contínuo da política monetária nos países desenvolvidos e a disputa comercial entre Washington e Pequim, que ajudou a subjugar os estoques no país.

Guia para o Desenvolvimento Pessoal, Profissional e Comunicação Digital

  Os estágios e trabalhos práticos não só fornecem experiência valiosa, mas também permitem que os estudantes desenvolvam redes profissionai...