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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Se o mercado de trabalho em África pudesse falar o que diria? Faltam Competências? anos de experiência ou empregos?




Gente, todos os dias vejo na maior plataforma de intercâmbio profissional mundial o "Linkedin", que junta marcas, recrutadores, recrutados, pessoas em busca de recolocação, recém licenciados...e depois vejo milhares de anúncios de vagas "apetecíveis" Só em África e na minha área de actuação, marcas como a BBC e CNN anunciam vagas quase que diariamente...África do Sul, Nigéria e Quénia são países preferenciais e até aí tudo bem, aliás muito bem!!! mas depois vem a exigência do domínio da língua local e visto de residência ou nacionalidade...


Bom, o que resolveria esta gritante inacessibilidade para estas oportunidades? O que falta para equilibrar este mercado, para que os cérebros dos PALOP ou da SADC possam preencher vagas da África Anglófona, da África do Norte...para que haja partilha de conhecimento, para que o continente absorva de facto das competências dos seus filhos e desenvolva de forma integrada? "MOBILIDADE" é a palavra chave na minha humilde opinião !!


Falta-nos algo parecido com isto: "programa Erasmus, European Region Action Scheme for the Mobility of University Students (Plano de Ação da Comunidade Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários)" Trata-se de um oprograma que combina todos os planos da UE para educação, formação, juventude e desporto, e que iniciou em janeiro de 2014


Algo parecido com este programa, resolveria o problema da barreira linguística que a língua nos impõe, resolveria o problema da falta de competências, incentivaria a criação de profissionais autónomos (e junto o cancro do desemprego) e de certa forma facilitaria a mobilidade dentro do continente africano, porque creio que a facilitação de vistos ou de autorização de residência estaria implícito no programa.


Os governos africanos precisam começar a atribuir a importância ao melhoramento do ensino nas universidades, o intercâmbio em África precisa de sair do papel e passar para a efectivação. Mais facilmente se consegue um visto ou bolsa ou visto de residência para Europa do que para um país como a Nigéria por exemplo...


Outro factor, além da mobilidade é a valorização do que é nosso, é o reconhecimento das competências dos quadros e a perda do medo da alternância dos cargos de decisão. É a despartidarização da governação, é o favorecimento da militância partidária em detrimento dos quadros com competência comprovada.


Os quadros não perdem, quem perde é o continente, paga demasiado caro para importar competências, perde o intercâmbio regional porque a maioria dos decisores considera que os santos de casa não fazem milagres...Mas eles fazem e fazem-no bem longe de casa, fazem para quem lhes dá crédito e acredita neles... e são estes milagres que nós importamos a peso de ouro...






Isto não é tudo...mas é o suficiente para nossa reflexão


#mobilidadeemafrica






#passaporteunico






#desenvolvimentointegrado














Por Neusa e Silva

Guia para o Desenvolvimento Pessoal, Profissional e Comunicação Digital

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