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terça-feira, 19 de junho de 2018

"A África que somos" aos olhos do Prof Octaviano Correia! Venha conhecer...

A África que somos

“Estou muito orgulhoso. Descobri que tenho uma missão: ajudar a população de baixa renda a consumir um produto produzido em Moçambique e altamente nutritivo”.
Assim é África. Por vezes um pequeno gesto, uma pequena iniciativa muda a vida de milhares de pessoas.
Hoje fui, não fisicamente, mas através dessa maravilhosa descoberta que é a internet, até ao lado Oriental da geografia deste continente que habito a Ocidente. Moçambique. Lá. No outro lado de África. E encontrei a “estória”. Real. A Estória do Octávio Muchanda e da sua mulher Josina. E eles que me perdoem “obrigá-los” a viajar até Luanda, mas há estórias que são de todo o mundo. De qualquer mundo. De qualquer parte. De todas as partes.

“Trabalhava nas minas de carvão na África do Sul e fui despedido. Mas não podia ficar a pensar nisso. Com quatro filhos, tinha que pôr o pão na mesa”. E, para não pensar nisso, ou talvez para pensar nisso de outra forma, juntou-se noites a fio com a mulher, Josina, para traçarem um plano. “A minha mulher lembrou-se que, após o parto, ainda na maternidade, as mulheres eram incentivadas a dar um pouco de amendoim torrado e moído às crianças. É um alimento altamente nutritivo”.
Assim, em 2013 nasce oficialmente uma pequena fábrica familiar para produzir manteiga de amendoim – Xikhaba. “Já estamos a produzir meia tonelada por mês”, revela com rasgada alegria. O fabrico é um processo simples e pouco dispendioso. O grão chega à fábrica, é descascado, passa por um processo de torra, depois é colocado numa máquina para fazer a pasta, à qual se junta um pouco de sal e açúcar. “Também fazemos sem açúcar. E temos a manteiga de amendoim com pedaços, há quem goste de sentir esses pedacinhos”, salienta Octávio com visível orgulho.


A venda do produto funciona através de um conjunto de promotoras que todos os dias vai à fábrica da Machava, na província de Maputo, buscar os frascos para depois vender nos mercados e a particulares. “Estou muito orgulhoso, descobri que tenho uma missão: ajudar a população de baixa renda a consumir um produto produzido em Moçambique e altamente nutritivo”, remata o antigo mineiro, que deu a volta à vida. À sua e à de milhares de crianças moçambicanas com a nutritiva “xikhaba”.
Assim é África. E agora que me desculpem o desabafo. Esta não é a África que as europas desinformam no que chamam meios de informação. Esta é a África que somos.


OCTAVIANO (Guedes ) CORREIA nasceu no Lubango (ex-Sá da Bandeira), Angola, (1940) onde fez os seus estudos liceais no então Liceu Diogo Cão.
- Iniciou-se nas lides literárias como redactor e responsável da revista Padrão, do referido Liceu e colaborando em páginas literárias de vários jornais angolanos e como realizador do programa para crianças, "Parque Infantil" do Rádio Clube da Huíla para o qual produziu contos e teatro radiofónico (1967/1973) e onde foi realizador do programa “Aqui Lubango”.




 -É membro fundador da União dos Escritores Angolanos (10 de Dezembro - 1975)
- É membro fundador da Associação dos Escritores da Madeira (1989).
Na União dos Escritores Angolanos desempenhou as funções de Secretário para as Actividades Culturais e Redactor da revista literária "Gazeta Lavra & Oficina".
- Director do Instituto Nacional do Livro e do Disco de Angola (INALD) -1980/1981.

- Na
Rádio Nacional de Angola (Luanda) realizou, durante 3 anos, o programa (diário) para crianças "Rádio Piô", o programa “Onda da Manhã” e a rubrica semanal de divulgação literária “Boa noite, Boa leitura”.
- De 1985 a 1988, com o escritor Dario de Melo, foi redactor e co-coordenador da Revista "T-VEJA" da Televisão Popular de Angola -TPA.
- Residiu na ilha da Madeira de 1988 a 2016, ano em que regressou a Angola.
- Actualmente é Analista de Conteúdos da Isenta Comunicação & Imagem – Luanda – Talatona (2016) 



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