A Organização Mundial de Saúde apelou recentemente aos líderes mundiais para não se envolverem em reacções irreflectidas e advertiu para os riscos que podem causar as novas restrições de viagem de, e para África do Sul. Já o governo Sul Africano disse estar alinhado com a posição da Organização Mundial de Saúde sobre as últimas proibições de viagem.
O ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da África do Sul emitiu este sábado um comunicado de imprensa reagindo as recentres restrições de viagens emitidas por vários países na sequência da deteção da nova variante denominada Omicron.
O Chefe de Emergências da OMS Dr. Michael Ryan sublinhou a importância de esperar para ver o que os dados irão mostrar. "Já vimos no passado, no minuto em que há qualquer tipo de menção de qualquer tipo de variação e todos estão a fechar as fronteiras e a restringir as viagens. É realmente importante que permaneçamos abertos, e que nos mantenhamos concentrados", disse Ryan.
Segundo o chefe de emergências da OMS foram igualmente detetadas novas variantes noutros países, sem qualquer ligação com a África Austral, cuja reacção a esses países é muito diferente dos casos na África Austral.
A OMS considera que esta última ronda de proibições de viagens é semelhante a punir a África do Sul pela sua sequência genómica avançada e pela capacidade de detectar novas variantes mais rapidamente. A excelente ciência deve ser aplaudida e não punida. A comunidade global precisa de colaboração e parcerias na gestão da pandemia da COVID-19.
Uma combinação da capacidade da África do Sul para testar e o seu programa de vacinação acelerado, apoiado por uma comunidade científica de classe mundial, deveria dar aos nossos parceiros globais o conforto que estamos a fazer tão bem como eles na gestão da pandemia. A África do Sul segue e aplica os protocolos de saúde COVID-19 mundialmente reconhecidos em matéria de viagens. Nenhum indivíduo infectado está autorizado a deixar o país, referiu a OMS
Já Ministra Sul Africana Naledi Pandor afirmou "Embora respeitemos o direito de todos os países a tomar as medidas de precaução necessárias para proteger os seus cidadãos, temos de nos lembrar que esta pandemia requer colaboração e partilha de conhecimentos especializados. A nossa preocupação imediata é o prejuízo que estas restrições estão a causar às famílias, às indústrias de viagens e turismo e aos negócios".
O Governo da África do Sul iniciou contactos no sentido de persuadir os países que emitiram restrições a reconsiderarem as suas posições.