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domingo, 23 de março de 2025

Crise no jornalismo global? Ou um ponto de ruptura e DISRUPÇÃO

                           

Jornalismo Global – Sobreviveremos à Era da Desinformação?

A relação entre poder político e imprensa atingiu agora um dos momentos mais conturbados da história. O fenómeno não começou agora, mas rapidamente está a tornar-se mais evidente que a desconfiança criada propositalmente na mídia tradicional, não é apenas um sintoma da polarização acentuada, mas sim uma ferramenta de manipulação das massas.

O uso sistemático de "fake news" para promover a desinformação no mundo e assim moldar e definir políticas públicas, não só descredibiliza os meios de comunicação tradicionais como também está a reforçar a ideia de que a verdade pode ser moldada de acordo com interesses políticos e ideológicos. Um cenário que leva a uma crise dupla e sem precedentes, cujos efeitos ainda se fazem sentir no jornalismo global com um impacto mais abrangente do que estamos a ver, com o encerramento de órgãos vitais para o funcionamento da democracia.

Vemos com tristeza a erosão da confiança pública, quando um número crescente de pessoas passou a questionar a imparcialidade da imprensa tornando-se mais vulnerável à desinformação e uma crescente polarização. Assistimos quase que de mãos atadas o consumo de notícias passar a ser um exercício de confirmação de crenças, em vez de uma busca genuína pela verdade. Em vez de expandir perspectivas, a informação tornou-se um campo de batalha ideológico.

Perante esta nova realidade, é impossível para muitos de nós ignorar o impacto profundo na forma como o jornalismo é produzido e consumido. Mas o que realmente se perde? Ainda é possível espremer estes limões?

Os desafios que ameaçam o jornalismo

Declínio do jornalismo tradicional: Nos últimos anos, muitas redações reduziram drasticamente as suas operações, levando à diminuição do jornalismo de investigação. O enfraquecimento destes espaços abriu caminho à disseminação de informações não verificadas e sensacionalistas.

Impacto na democracia: Sem um jornalismo forte e independente, denúncias de corrupção, abusos de poder e violações de direitos humanos correm o risco de não serem expostas ou sequer investigadas.

Sobrecarga e ameaças aos jornalistas: O ambiente tornou-se mais hostil para os profissionais da área, que enfrentam não apenas pressão psicológica, mas também ataques diretos, assédio online e tentativas de censura.
Para onde caminhamos? As mudanças inesperadas e oportunidades. "A ascensão do freelancer"
Claramente observamos a ascensão do jornalismo independente, com o aumento de plataformas alternativas para solicitar serviços com jornalistas locais.

Mas ainda assim, o que poderá garantir a sobrevivência do jornalismo no futuro?


Futuro do Jornalismo: 5 Caminhos para a Reinvenção

1. Transparência como pilar fundamental A credibilidade da pode ser reconstruída através de práticas mais abertas. Mostrar ao público como uma reportagem é feita, divulgar fontes e contextualizar processos editoriais são medidas essenciais para recuperar a confiança perdida.

2. Modelos de financiamento sustentáveis A dependência de publicidade e de grandes grupos enfraquece a independência jornalística. Alternativas como assinaturas, financiamento coletivo e eventos exclusivos surgem como soluções viáveis para garantir a continuidade do trabalho de investigação.

3. Combate à desinformação A criação de equipas dedicadas à verificação de factos e a expansão de ferramentas para identificar notícias falsas são fundamentais para travar o avanço da desinformação e proteger a integridade da informação.

4. Jornalismo de soluções Focar apenas nos problemas gera desmotivação e desconfiança. Destacar respostas eficazes para desafios sociais e políticos pode aproximar o público e estimular um envolvimento mais construtivo.

5. Educação para a literacia mediática A formação de um público crítico e capaz de distinguir factos de opinião deve ser uma prioridade. Parcerias entre jornalistas e educadores podem ajudar a desenvolver uma cultura de consumo consciente da informação.
O Que Esperar do Futuro?

A crise desencadeada, e acentuada com o encerramento de grandes órgãos como a VOA, por exemplo, deixa marcas profundas, mas também impulsiona mudanças estruturais. O futuro do jornalismo será moldado por aqueles que souberem:

Utilizar a tecnologia sem comprometer a ética, incorporando ferramentas de análise de dados e inteligência artificial sem abdicar do rigor na apuração.

Fortalecer a relação com o público em especial com as comunidades, criando canais diretos de comunicação e evitando a dependência exclusiva dos algoritmos.

Defender modelos de financiamento transparentes e sustentáveis, reduzindo a vulnerabilidade da imprensa a pressões externas.

Se o jornalismo tradicional foi abalado, isso não significa que está condenado ao desaparecimento. Pelo contrário: estamos perante um momento de transformação, onde a necessidade de informação credível nunca foi tão urgente.

O Papel do Público na Construção do Jornalismo do Futuro

A informação de qualidade só sobreviverá se houver um público disposto a apoiá-la. A pergunta que fica é: como cada um de nós pode contribuir para um jornalismo mais forte, ético e relevante?

"O jornalismo não morreu "está a reinventar-se". Apoia a informação de qualidade? Partilhe este artigo e incentive o pensamento crítico. #JornalismoÉResistência"

Neusa e Silva

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Grande Reportagem sobre ODS`s na CPLP da 6.ª Oficina de Jornalismo Colaborativo com Neusa e Silva


                    "A educação é a alavanca para o desenvolvimento sustentável”
                      Neusa e Silva, Fundadora da Oficina prática para Jornalistas


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) enfrenta realidades distintas na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Com a aproximação dos 50 anos de independência de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe agora em 2025, esta grande reportagem colaborativa produzida a partir dos vários países da comunidade, analisa avanços e obstáculos no caminho para a sustentabilidade.

Em Moçambique e Angola, o foco recai sobre os setores da educação e economia, onde a falta de investimento em formação está a provocar uma fuga de talentos (ODS 4, 8, 9, 10). Na saúde, sistemas frágeis colocam em risco a erradicação do HIV até 2030 (ODS 3, 10).

Deonilde da Graça guiar-nos-á pelos desafios da igualdade de género em Angola (ODS 1, 5, 8, 10), enquanto Cabo Verde se mantém um exemplo positivo, com progressos visíveis em trabalho digno, inovação e clima (ODS 8, 9, 13).
Para encerrar, uma entrevista imperdível revela como Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal estão a moldar a nova geração de cientistas para o mundo através do projeto global “Escolas Azuis”. Não perca a conversa, disponível via link neste artigo uma produção inserida na 6.ª Oficina de Jornalismo da CPLP.



Moçambique 
Carlos Nhabetse, Jornalista estagiário e integrante da 6.ª edição da Oficina 

Em Moçambique a falta de investimento na educação e a fuga de quadros qualificados compromete o alcance das ODS`s 2030 no referido setor. 
Por Carlos Nhabetse

Moçambique enfrenta desafios significativos na implementação dos ODS na educação. Especialistas alertam que até 2030, o país dificilmente alcançará a sustentabilidade educacional devido ao baixo investimento na formação de quadros, à escassez de recursos tecnológicos e humanos e à falta de valorização dos profissionais qualificados.

O Dr. João Miguel, presidente da Associação Moçambicana de Ciências da Comunicação e Informação (ACICOM) e docente na Universidade Eduardo Mondlane, destaca que embora haja esforços para capacitar profissionais, o financiamento ainda é insuficiente para atender à crescente demanda. Além disso, muitos formandos não encontram oportunidades compatíveis com suas qualificações no país, o que os leva a buscar trabalho no exterior.

A migração de quadros altamente qualificados tornou-se um dos maiores desafios para Moçambique. Profissionais de áreas essenciais, como saúde, educação, tecnologia e engenharia, têm emigrado para países como Portugal, Brasil e Canadá em busca de melhores condições salariais e de trabalho. Segundo o especialista, essa fuga de talentos compromete seriamente a capacidade do país de desenvolver setores estratégicos e de fortalecer a economia.

Quais os principais fatores que impulsionam a emigração de quadros moçambicanos?

A Falta de equipamentos modernos e infraestrutura inadequada vem dificultando o desempenho profissional dos quadros de vários setores, aliada com a pouca ou inexistente valorização dos quadros locais, com salários pouco competitivos e ausência de incentivos para retenção de talentos. Outro aspeto é a ausência de políticas eficazes para fixação de profissionais, especialmente em áreas rurais e setores técnicos.

Além da perda de capital humano, a crise econômica tem afetado esses emigrantes, tornando mais difícil a adaptação nos países de destino. Em Portugal, por exemplo, o aumento do custo de vida e as mudanças nas regras de imigração têm levado muitos moçambicanos a enfrentar dificuldades financeiras e instabilidade laboral.

Para reverter essa realidade, João Miguel sugere que Moçambique invista em programas educacionais que preparem os estudantes para um mercado de trabalho mais competitivo, além de criar mecanismos para reter talentos e garantir a valorização dos profissionais formados no país. 


Moçambique
Luisa Muhambe, Jornalista integrante da 6.ª edição da Oficina 

Moçambique e o HIV: Uma batalha contra o tempo (e as falhas que ameaçam o futuro)
Por Luísa Muhambe

A erradicação do HIV e da tuberculose é uma meta dos ODS, mas Moçambique ainda enfrenta obstáculos críticos no setor da saúde. Segundo Gilda Jossias, presidente da Plataforma Nacional da Sociedade Civil para a Saúde e os Direitos Humanos (PLASOC), a falta de equipamentos para testagem, escassez de medicamentos e carência de profissionais qualificados comprometem o atendimento adequado aos pacientes.

Além disso, o estigma social e a falta de privacidade nas unidades de saúde dificultam a adesão ao tratamento. O agravamento da crise econômica também tem impacto na situação dos emigrantes moçambicanos que vivem com HIV em países como África do Sul e Portugal, onde muitos enfrentam dificuldades no acesso a medicamentos e assistência médica devido a cortes nos serviços públicos.

Para superar esses desafios, especialistas defendem o fortalecimento do sistema de saúde com investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais e campanhas de conscientização para combater a discriminação.


Angola
Deonilde da Graça, Jornalista e integrante da 6.ª edição da Oficina 

Angola: A Urgência de Romper o Silêncio Sobre as Desigualdades de Gênero
Por Deonilde da Graça

A igualdade de gênero é um dos pilares dos ODS, mas em Angola as disparidades ainda são evidentes. As mulheres representam 51,7% da população economicamente ativa, porém 81,1% delas estão no setor informal, enfrentando dificuldades no acesso ao mercado de trabalho formal.

A taxa de desemprego juvenil chegou a 56,4% em 2024, afetando especialmente as mulheres jovens, que lidam com a dupla discriminação de gênero e idade. Além disso, muitas profissionais qualificadas têm deixado o país por não encontrarem reconhecimento e oportunidades de crescimento.
A crise econômica tem agravado a situação das mulheres emigrantes angolanas. Em países como Brasil e Portugal, muitas delas enfrentam dificuldades para validar seus diplomas e acabam ocupando empregos subqualificados, como trabalho doméstico e serviços de atendimento.

A pobreza multidimensional também impacta fortemente as mulheres dentro do país, restringindo seu acesso à saúde, educação e segurança alimentar. O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 busca ampliar a inclusão educacional e laboral, mas desafios como a falta de infraestrutura escolar e a sobrecarga de tarefas domésticas ainda limitam as oportunidades para meninas e mulheres.

Embora Angola tenha registrado avanços, como a maior representatividade feminina na política e programas de capacitação, é essencial fortalecer políticas públicas e iniciativas sociais para garantir um futuro mais equitativo.

Cabo Verde: Líder entre os PALOP

Na posição global: 88.º é o melhor entre os países africanos de língua portuguesa. Regitsa progressos no ODS 13 (Ação Climática), mas mantém obstáculos na erradicação da pobreza e acesso a recursos básicos.

Segundo a coordenadora da ONU no país, Patrícia Portela de Sousa, os indicadores cabo-verdianos superam a média global e regional, refletindo um crescimento econômico sólido e políticas públicas eficazes.

Em 2024, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima as previsões de crescimento do PIB do arquipélago, estimando um aumento de 6% neste ano e 5% em 2025. O desempenho positivo coloca Cabo Verde acima da média da África Subsaariana, consolidando sua posição como referência em desenvolvimento sustentável.

Entretanto, mesmo com esses avanços, a emigração continua sendo um fenômeno presente no arquipélago. Muitos cabo-verdianos, especialmente jovens qualificados, têm buscado oportunidades na Europa, sobretudo em Portugal e França. A crise econômica global tem impactado esses emigrantes, dificultando o acesso ao mercado de trabalho e aumentando a concorrência com cidadãos locais.

A estabilidade política, os investimentos em educação e a ampliação do acesso a serviços básicos são fatores determinantes para o progresso do país. No entanto, desafios como a vulnerabilidade econômica e as mudanças climáticas ainda exigem atenção para garantir a continuidade desse crescimento.

Como as “Escolas Azuis” estão a transformar jovens na próxima geração de cientistas em todo mundo?




Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal tem um comum a implementação da iniciativa educativa revolucionária: as Escolas Azuis. 

Trata-se de um projeto que integra a cultura oceânica no currículo escolar e que está a formar uma nova geração de jovens cientistas comprometidos com a sustentabilidade do planeta. A reportagem colaborativa da Oficina de Jornalismo da CPLP revela como este modelo está a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030.

As Escolas Azuis adotam uma abordagem pedagógica inovadora, baseada na resolução de problemas reais e na interdisciplinaridade. Os alunos são desafiados a pensar criticamente e a agir de forma proativa em projetos ligados ao oceano desde a poluição marinha até à conservação de ecossistemas. 

A iniciativa, certificada pela Rede Escola Azul Atlântico, reconhece instituições que integram a cultura oceânica de forma criativa e estratégica, preparando os jovens para serem protagonistas na luta pela sustentabilidade.

CPLP em Foco: Portugal, Brasil e São Tomé, os países que lideram a mudança

Em entrevista exclusiva à grande reportagem colaborativa, Raquel Costa, consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis, explicou que o projeto não é só sobre o oceano, é também sobre empoderar jovens para verem a ciência como uma ferramenta de transformação social. Quando um aluno de São Tomé propõe soluções para a erosão costeira com base nas boas práticas promovidas pelo Projeto Escolas Azuis, está a contribuir diretamente para os ODS 2030.

“Propus à UNESCO que liderassem a criação de uma rede global, que não é mais do que juntar à mesma mesa os atores de boas práticas, para apoiar os países e para nos apoiarmos uns aos outros”
Raquel Costa, Consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis


Raquel Costa, consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis


Propus à UNESCO que liderassem a criação de uma rede global, que não é mais do que juntar à mesma mesa os atores de boas práticas, para apoiar os países e para nos apoiarmos uns aos outros”
Raquel Costa, Consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis

Conclusão

Portugal Lidera o Cumprimento dos ODS entre os Países Lusófonos e na sequência do Ranking vem o Brasil que está na frente de Cabo Verde. 

Portugal é o país lusófono mais avançado na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo o Relatório de Desenvolvimento Sustentável 2024. O país ocupa a 16.ª posição global, a mais alta da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacando-se na erradicação da pobreza (ODS 1), igualdade de género (ODS 5) e energia limpa (ODS 7). No entanto, ainda enfrenta desafios em consumo sustentável e proteção ambiental.

O Brasil, em 52.º lugar, avança em energias renováveis (ODS 7) e parcerias globais (ODS 17), mas lida com desigualdade social e pobreza. Já Cabo Verde, na 88.ª posição, lidera entre os países africanos lusófonos, com progresso na ação climática (ODS 13), apesar de obstáculos socioeconômicos.

Os PALOP enfrentam desafios estruturais: São Tomé e Príncipe (118.º) e Moçambique (148.º) progridem em áreas específicas, mas lidam com pobreza e instabilidade política. Angola (155.º) apresenta retrocessos econômicos. Guiné-Bissau (156.º) e Timor-Leste são os mais vulneráveis, com governança frágil e pouco avanço nos ODS.
Apesar de liderar entre os lusófonos, Portugal ainda tem desafios a superar. O Brasil e Cabo Verde avançam em setores estratégicos, enquanto os PALOP precisam de reformas e cooperação internacional (ODS 17) para acelerar o desenvolvimento sustentável.

Sobre o projeto 

Fundada há 5 anos pela jornalista angolana Neusa e Silva, correspondente internacional com experiência em veículos como Euronews, CNN Portugal, Rádio e Televisão Pública Alemã, e Projetos de investigação ambiental, a Oficina prática e gratuita de Jornalismo Colaborativo na CPLP é uma resposta à desigualdade no acesso à formação jornalística de alto nível.. 

A 6.ª edição conta com a Parceria Estratégica do Observatório do Terceiro Setor do Brasil e do Dia de doar Brasil, e tem como tema central os "Desafios no Alcance dos ODS 2030 na CPLP" 

A Oficina virtual tem o apoio de jornalistas internacionais, mentores residentes como 

Filipe Teles, Jornalista especialista em reportagens colaborativas, Márcia Veiga Jornalista da BBC, Osvaldo Silva Freelancer da AFP, Gastão Travado do Coletivo de Filmmakers de Lisboa e mais recentemente juntou-se ao coletivo de mentores residentes o Jornalista Ricardo Figueira da Euronews. 

A Oficina não é só sobre formação prática, é também um movimento para garantir que o jornalismo global ouça as vozes que tradicionalmente ficam de fora por falta de privilégios sociais.”

Neusa e Silva, Fundadora
Email: neusaesilvaangola@gmail.com

Uma Revolução criada para formação prática de jornalistas










Crise no jornalismo global? Ou um ponto de ruptura e DISRUPÇÃO

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