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sábado, 2 de maio de 2020

Quando isto tudo passar...Botswana!

Botswana, terra dos meus irmãos  é apenas um dos melhores destinos em África...


Tal como muitas outras pessoas o confinamento desperta em mim a capacidade de "decantar"...e quando "decantamos" vem ao de cima aquilo que realmente importa da forma mais clara possível...concordas comigo? 

Então no capítulo dos destinos este é um ponto para visitar urgente...e o teu qual é? Ou seja, vou colocar-te a questão de outra forma: O teu conceito para definir as tuas prioridades, mudou? ou continua o mesmo?  Pensa nisso...


Saiba mais sobre este destino neste repost da wikipédia:

O Botswana, um país sem costa marítima localizado na África Austral, tem uma paisagem definida pelo deserto Kalahari e pelo delta do Okavango, que se torna um exuberante habitat animal durante as enchentes sazonais. A enorme Reserva de Caça de Kalahari Central, com seus vales de rios fossilizados e suas pradarias onduladas, abriga diversos animais, como girafas, guepardos, hienas e mabecos.


Sobre o que vamos fazer depois do confinamento.

Perdoe-me mas isto não é sobre a Covid-19! É sobre "Parasitas"



Com o confinamento obrigatório quem é amante de cinema o que mais tem feito nos tempos livres é ver filmes...pois bem, Mrs MBandango viu este filme, por sinal vencedor dos óscares 2020 e escreveu sobre ele...

"Parasitas"

Ontem vi finalmente o tão aclamado e premiado filme que fez sensação na última edição dos Óscares, tendo arrebatado as mais cobiçadas estatuetas, nas diferentes categorias...

A trama ocorre em Seul, há mais de 12 000 KM de Luanda, contudo o paralelismo entre as duas cidades, é simplesmente flagrante.

 Não me refiro à imponência e pujança económica de uma uma e de outra, muito menos à densidade populacional, de uma e de outra. Refiro -me ao drama da desigualdade social, do enorme fosso entre as diferentes classes e castas.

 Neste particular, o retrato com que nos brinda o realizador reflecte , salvaguardadas as devidas distâncias, a realidade crua e nua do nosso país e especialmente da capital, Luanda .

A linha narrativa, construída na base da ironia e humor cáustico, habilmente disfarçado na brandura de carácter das personagens que representam as disfuncionais famílias Park e Kim, trazem ao de cima o protótipo do ser humano que temos vindo a construir. Egoísta, materialista, desonesto, cínico e ingenuamente crente na sua imortalidade.

A luta pela sobrevivência levou aos membros da família Kim, a dos serventes, a fazer recurso à  expedientes pouco edificantes mas aos seus olhos, legítimos.

O desprezo e a condescendência da família Park para com eles, era ostensivo e francamente  humilhante.

Uma das cenas mais marcantes e em minha opinião melhor conseguidas do filme, foi o momento em que, de regresso à casa, foram impiedosamente inundados pelas chuvas e viram os seus parcos pertences, diluídos e arrastados  pelas correntes das águas e nelas diluiam-se os seus  sonhos, as utópicas ideias e a sensação anestésica, que os breves momentos de convívio na ala dos privilegiados lhes provocava.

A cena remeteu-me para as barracas da boa vista, para o bairro do paraíso, da fubu, do catambor e de tantos outros em que vivem muitos dos nossos concidadãos e que nos  dias de chuva passam pelo mesmo drama.

No final do filme, tive dificuldade em identificar quem eram os verdadeiros parasitas. Se os ricos e privilegiados da família Park ou os seus serventes, da família Kim.  Parece-me que todos eles são vítimas da sociedade que estamos infelizmente a forjar, em que prevalece a arrogância, insensibilidade, desonestidade e materialismo doentio...claro que nem tudo está perdido, há excepções...

Mbandango 17.04.20












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domingo, 29 de março de 2020

UNECA recomenda: suspensão de Juros de dívidas nacionais, como forma de apoiar nações africanas na luta contra o COVID-19



A Comissão Econômica das Nações Unidas para a África, Uneca, considera que existem  três formas que os países mais desenvolvidos podem usar para ajudar o continente Africano a combater a pandemia do novo coronavírus. 
Segundo a UNECA, sendo uma crise global, África será mais afetada, com um custo econômico pesado e duradouro, que ameaçará o progresso, ampliará as desigualdades e piorará as fragilidades.”
A Comissão afirma que os países africanos “ preparam-se para os piores efeitos da pandemia, mas ainda assim precisam do apoio para a crise de saúde e para as consequências económicas. 
Medidas que foram tomadas na Ásia, Europa e América do Norte, como distanciamento físico e lavagem regular das mãos, estão a ser já  um desafio particular para países com ligação limitada à internet, populações densas, acesso desigual à água e redes limitadas de segurança social.
Devido a essas dificuldades, a Uneca propõe três acções para as 20 maiores economias do mundo, G20, são elas:
1.       Apoio a uma resposta imediata e humana

2.     Aprovação imediata de um estímulo económico de emergência 

3.     Implementação de  medidas de emergência para proteger 30 milhões de empregos, sobretudo nos sectores do turismo e aviação

Eu particularmente podia apontar outros constrangimentos na capacidade de resposta dos países africanos.

Os principais desafios serão a reduzida mão de obra qualificada, a escassez de laboratórios de referência nos países Africanos,  e conter a  contaminação nos mercados a céu aberto. Ou seja o modelo adotado pelos outros continentes terão de ser alterados e adaptados a realidade Africana, para terem os efeitos desejados na luta contra a pandemia,  
Mas gostaria aqui de partilhar dois exemplos que considero serem importantes adoptados por líderes africanos: 

·        João Lourenço presidente de Angola, além de emagrecer o aparelho do estado e cortar despesas supérfluas, determinou o abastecimento de água nas comunidades sem água potável.

·        No Ruanda a solidariedade e união são valores básicos passados a nível institucional pelo presidente Paul Kagame, o @RwandaGov  iniciou a distribuição de alimentos e bens essenciais para os mais vulneráveis, que foram afectados por medidas para evitar que o COVID-19 se espalhasse ainda mais.

                   https://twitter.com/onduhungirehe/status/1243890915720167424?s=20

Nos próximos artigos vamos continuar a olhar para boas práticas adotadas pelos líderes africanos no combate a pandemia Covid-19


segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Angola: Poderá algum dia revitalizar a Indústria do Café?

A consultora Equinox considera que se forem adotadas políticas comprovadamente exequíveis, Angola poderá ver o resultado e a recuperação do sector cafeeiro já nos próximos cinco anos.




Conforme anunciei, hoje vou apresentar-lhe as conclusões do estudo sobre a indústria do café em Angola e o posicionamento desta comoditie em África.

De acordo com o relatório apresentado pela consultora equinox encomendado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, o café é a segunda mercadoria mais comercializada no mundo. 
Em média são consumidas em todo o mundo 2,25 milhões de chávenas de café por ano. 
O café é uma indústria que movimenta cerca de  US $ 200 mil milhões e envolve cerca de 125 milhões de pessoas.

Antes de avançarmos para Angola, deixe-me situar-lhe sobre o estado actual da indústria do café em África.

No top 10 dos países produtores e exportadores de café em 2018 está em primeiro lugar o Brasil, Vietname, Colômbia, Indonésia, Etiópia, Honduras, Índia, Uganda, México e Guatemala respectivamente.

Apesar do café ter sido descoberto em África na Etiópia, o continente fornece só 10% do volume global de café. Os estudos indicam que é claramente uma comódite que pode viabilizar um desenvolvimento sustentável em África.

Olhemos agora para Angola:

Situada na costa sudoeste da África, Angola é o quarto maior país de África (1,2 milhão de km2) e pode vir a beneficiar de recursos naturais consideráveis: Estamos a falar do sector - agrícola (mandioca, milho, café), da mineração (diamantes) e petróleo. As terras são férteis e abundantes para uma população de cerca de quinze milhões de habitantes. Devido a três décadas de guerra consecutivas, e outros factores sociais  e políticos, ainda se encontra por explorar todo um  potencial de crescimento e desenvolvimento

 Produção de café em Angola

 Onze das dezoito províncias de Angola produzem dois tipos  de café, que são o Robusta e Arábica. O Robusta é produzido, predominantemente, nas províncias de Kuanza Sul, Uíge, Kuanza Norte, Bengo, Malanje, Zaire e Cabinda e o café Arábica é produzido nas províncias de Bié, Huambo e Benguela, e muito recentemente na Huíla.

De acordo com as estatísticas da Organização Internacional do Café  a produção média anual na década de 1960 em Angola, foi de 198.319 toneladas
No início da década de 70 (1970/71 - 1975/76), ou seja, antes da independência em 1975, a produção média anual ainda ascendia a 192,240 toneladas. ~

Neste período, Angola foi o segundo maior produtor em África depois da Costa do Marfim. A produção de Angola atingiu o pico com 241.860 toneladas em 1972/73 e, na altura foi a primeira a superar a Costa do Marfim em África.

Estudos mostram que o decréscimo da produção e atraso na recuperação podem ser atribuídos a vários factores, incluindo políticos e socioeconómicos.



Soluções – Referências Internacionais

Segundo a análise disponibilizada pela consultora Indiana Equinox, na concepção de uma intervenção eficaz para a indústria do café em Angola, será necessário estudar  o as políticas dos principais países produtores de café em todo o mundo e fazer uma comparação com a indústria do café em Angola olhando especificamente para os  seguintes factores:

  • ·        Produção e produtividade
  • ·        Consumo doméstico e exportação
  • ·        Respectiva percentagem
  • ·        Qualidade do perfil
  • ·        Tecnologia  Branding
  • ·        Sustentabilidade e certificação
  • ·        Políticas


O mesmo estudo indentificou  algumas práticas recomendadas pelos principais países produtores de café que podem ser adoptadas em Angola, por exemplo:

1.     No Brasil as taxas de juro baixas, classificação de qualidade e selo de pureza, campanha nos meios de comunicação para promover o consumo doméstico e centros de formação de café;
2.     Na Colômbia que aliás é  líder no segmento de cafés especiais, eles possuem uma replantação extensa, e escritórios nos principais países importadores de café;
3.     No Vietname  houve um aumento na  produtividade, a promoção da replantação e apoio às taxas de juro;
4.     Na Índia  eles possuem uma Classificação do café, centros de formação para agricultores e turismo centrado no café.

A consultora Equinox considera que assim que forem reunidos  dados suficientes sobre a indústria do café em Angola é possível fazer comparações que vão ajudar na elaboração de um roteiro, que será fundamental para a recuperação do sector. 

 Medidas sugeridas para Concepção de uma estratégia nacional de desenvolvimento do sector cafeeiro

1. Promoção de Organizações de Produtores de Agricultores (FPOs) para permitir a subida dos agricultores na cadeia de valor, com base numa interação do sistema do Kibutz de Israel, denominado Moshavim Shitufiim

 2. Criação de um banco (ou fundo) governamental com equipamentos agrícolas que os agricultores possam alugar e utilizar, sem investimento (capex)

3. Criação e implementação de programas de desenvolvimento para agricultores, tal como o GAP & IPM, para optimizar a produção

4. Adaptação de técnicas agrícolas integradas para mitigar riscos

 5. Implementação de opções eficientes de adaptação às alterações climáticas como forma de protecção contra imprevistos meteorológicos e fenómenos como o aquecimento global

 6. Adopção de soluções digitais em toda a cadeia de valor do café, para uma divulgação eficiente da informação

7. Criação de infra-estruturas ao nível da exploração para uniformização da qualidade e premiunização, como pátios de secagem, secadores mecânicos e moagem por via seca 

8. Optimização do preço, criando uma agência como a antiga Indian Coffee Board ou a Columbian Coffee Growers Federation para garantir rendimentos proporcionais à quantidade e qualidade do café produzido´

 9. Implementação de uma estrutura de marketing viável para maximizar os rendimentos;

10. Promoção do consumo nacional de café

11. Branding e criação de visibilidade para cafés especiais no mercado internacional.

A consultora Equinox considera que se forem adotadas políticas comprovadamente exequíveis, Angola poderá ver o resultado e a recuperação do sector cafeeiro já nos próximos cinco anos.


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Uganda-Rwanda peace talks: A public humiliation



 Gatete Nyiringabo Ruhumuliza 
Adic Human Rights Lawyer, blogger Senior Advocacy Expert, Senior Researcher

 Article by:  Gatete Nyiringabo Ruhumuliza - Rwanda


Congolese sensation Koffi Olomide once sung: ‘Lokuta eyaka na ascenseur, vérité eye na éscalier pe ekomi’. (The lie comes in an elevator but the truth takes the stairs and reaches its destination). 
Attending with three senior ministers; Learned-Friend Busingye Johnston, Professor Shyaka Anasthase and General Patrick Nyamvumba, for another set of preposterous Uganda-Rwanda peace talks, the Rwandan delegation wrong-footed their counterparts by appointing the young Secretary of State as head of Delegation.
Minister Olivier Nduhungirehe is young, witty and brilliant; an amateur of Rwanda’s ‘Rugondihene’, an ancestral martial art of intellectual jujitsu, which consists of toying with an opponent then tackling them to their own demise – preferably around some ‘Inkangaza’ a fine cognac distilled in banana and honey of which only Rwandans have the secret.
The aging Ugandan delegation made the deadly mistake of taking him for a rookie. To prep before the meeting, they should have viewed You-tube videos of younger Nduhungirehe in New York, when Rwanda briefly chaired the UN Security Council; the brother was ‘floating like a butterfly and stinging like a bee’. To stay in the boxing analogy, none of the Ugandans in the room can box in Nduhungirehe’s weight category. The young Secretary of State could have handled the room on his own, as his seniors quicked back to watch the slaughter with entertainment.
In the room too was General Patrick Nyamvumba: Uganda’s nightmare! He was seated facing traumatized Ugandan Army men, probably still on PTSD medication for the defeats suffered on the Kisangani battlefield. Their commanders, Kahinda Otafire and late Kazini were even taken hostage by forces commanded by the Rwandan general, then released to Uganda on humanitarian grounds. Afande Nyamvumba was in the room only to remind Ugandans that peace with Rwanda was in fact in their best interests.
As Hawthorn once said: ‘No one can hold a face to oneself and another to the multitude without ultimately getting bewildered as to which one is true.’ As I always tell my clients when they ask if we’ll win a court case: ‘Are we telling the truth? If the answer is yes, then we have nothing to fear’.  While the young Secretary of State was good, he was merely telling the truth, which bears its own witness and left no room to Ugandans to spin.
While politics and diplomacy are supposed to be noble professions to foster society and friendship, Ugandans have perverted them into art of deception. Their ruling class lives in an alternative reality, releasing daily lies in small doses to the people and all laughing about it, with nothing but contempt for the Ugandan people they lead. The people do not trust them, they do not trust the people and both sides are locked in a state of mutual sophistry, counting days for when they will leave power and set them free.
Being their neighbors and natural counterparts we Rwandans are subjected to the same frustrating treatment. You can’t agree with a Ugandan politician to do something and expect it done the next day. But as the Kinyarwanda saying goes; ‘Uwububa abonwan’uhagaze’ or in English: ‘days of a thief are numbered’: This time we brought Congolese and Angolans to be in the Room.
When the crisis started Rwanda chose to put an embargo on Ugandan goods. 
  • ‘Rwandans will starve to death. All the food they eat comes from Uganda. ’ -Ugandans said.
This statement is only possible in Uganda. When someone has money, they eat in the restaurant of their choice and there are 194 countries to order from. But Ugandan politicians made their people believe – or not – that somehow Rwandans eat only one dish. Six months into the embargo and Uganda was applying for a quick loan from the IMF to placate the financial impact of the Rwandan blockade. At the same time, Rwanda was paying multiple million Euros to the French football team Paris Saint Germain to brand their female team and stadium ‘Parc des princes’ with the now global brand: ‘Visit Rwanda’ – as the Rwandan saying goes: ‘Uwapfuye yarihuse…’ (may we live interesting times)
And indeed after the unsuccessful meeting, Ugandans wanted to dish out another lie; a joint communiqué pretending that all went well. Minister Nduhungirehe was amazed: 
  • I cannot lie to the Rwandan people, he told them. Do your own Communiqué, in Luganda if you wish. I will do mine and tell the truth that we have not reached an agreement: That you have failed to give us guarantees that you will get rid of anti-Rwanda militia organizing in your country; 
  • you have failed to guarantee that you will set free thousands of innocent Rwandans that you have been detaining without charges;
  • You have failed to promise that you will stop torturing Rwandan people traveling and living in Uganda.
Congolese are used to arresting FDLR terrorists en-route from meeting Ugandan leaders to plot attacks on Rwanda. Their army (FRDC) frequently kills or arrests operatives trained and armed by Uganda. Angolans, having chaired the first summit on Rwanda and Uganda are being introduced to their duplicity. In other words, Uganda was on its own in the meeting, cornered, shocked on home turf. Its typically half-asleep delegation were occasionally mumbling unconvincing platitudes, en face were young, awake and honest technocrats who took synchronized turns to articulate matters pertaining to their respective dockets, using international law, regional integration commitments and diplomacy. mediators were left in reverence. To quote Jamaican prophet: ‘You can fool some people some time, but you can’t fool all the people all the time’ –Get Up, Stand Up.
Exhausted, the Angolan Minister of Foreign Affairs shared with Ugandans the story of warlord Jonas Savimbi and his defunct militia UNITA, referring to Kayumba Nyamwasa and his RNC. He said Savimbi had a rear base in Zaire, being harbored by late Zairian president Mobutu. But after Mobutu was toppled – by Rwandans, Savimbi and his UNITA didn’t last long. ‘We have had seventeen years of peace since’ – he said, and to conclude with a warning to Ugandans: ‘If you do not want to solve a small problem of Kayumba Nyamwasa, you might end up dealing with a much bigger problem.’
Next time Ugandans should not accept for witnesses to be in the room as they are being intellectually humiliated. 
Gatete Nyiringabo Ruhumuliza is an attorney, lobbyist and an independent political analyst based in Kigali, Rwanda. He is partner at Gatete Views Legal and blogs on www.gateteviews.rw.

domingo, 10 de novembro de 2019

Se os países africanos continuarem em suas trajetórias políticas, 530 milhões de africanos ainda não terão eletricidade em 2030

"Apesar de possuir o maior potencial solar do mundo, a África possui apenas 5 gigawatts de energia solar fotovoltaica (PV), ou menos de 1% da capacidade instalada global, afirma o relatório da AIE
Por: Reuters Os países africanos precisarão quadruplicar sua taxa de investimento em seus setores de energia nas próximas duas décadas para levar eletricidade confiável a todos os africanos, disse um estudo da Agência Internacional de Energia ( AIE ) publicado na sexta-feira. De acordo com o último relatório da AIE, se os países africanos continuarem em suas trajetórias políticas, 530 milhões de africanos ainda não terão eletricidade em 2030, o relatório da AIE . Diz ainda que levar eletricidade confiável a todos os africanos exigiria investimento anual de cerca de US $ 120 bilhões. "Estamos falando de 2,5% do PIB que deve ser destinado ao setor de energia", disse Laura Cozzi, chefe de modelagem de energia da AIE, a jornalistas antes do lançamento do relatório. “A Índia fez isso nos últimos 20 anos. A China fez isso. Então é algo que é factível. ” Aproveitar os avanços tecnológicos e otimizar os recursos naturais pode ajudar a economia da África a crescer quatro vezes até 2040 e exigir apenas 50% a mais de energia, disse a agência. Atualmente, a população da África cresce mais que o dobro da taxa média global. Em 2040, será o lar de mais de 2 bilhões de pessoas. Prevê-se que suas cidades se expandam em 580 milhões de pessoas, um ritmo historicamente sem precedentes de urbanização. Embora esse crescimento leve à expansão econômica, ele pressionará os setores de energia que já falharam em atender à demanda. Quase metade dos africanos - cerca de 600 milhões de pessoas - não tem acesso à eletricidade. No ano passado, a África representava quase 70% da população global sem energia, uma proporção que quase dobrou desde 2000, segundo a AIE . Cerca de 80% das empresas na África Subsaariana sofreram frequentes interrupções de energia em 2018, levando a perdas financeiras que restringiram o crescimento econômico. A AIE recomendou mudar a forma como a energia é distribuída, com mini-redes e sistemas independentes, como a energia solar doméstica, desempenhando um papel maior na complementação de redes tradicionais. De acordo com o diretor executivo da AIE , Fatih Birol, com as políticas governamentais certas e estratégias de energia, a África tem a oportunidade de seguir um caminho de desenvolvimento menos intensivo em carbono do que outras regiões. "Para conseguir isso, é preciso aproveitar o enorme potencial que a energia solar, eólica, hidrelétrica, gás natural e eficiência energética oferecem", disse ele. Apesar de possuir o maior potencial solar do mundo, a África possui apenas 5 gigawatts de energia solar fotovoltaica (PV), ou menos de 1% da capacidade instalada global, afirma o relatório. A África também foi responsável por 41% de todo o gás natural descoberto nos últimos sete anos. O gás natural poderia fornecer energia confiável e impulsionar o crescimento industrial, mas o desenvolvimento da infraestrutura necessária deve ser apoiado por políticas públicas fortes Mesmo expandindo a produção de energia para atender às demandas de sua população em expansão, a AIE diz que a África deve permanecer apenas um produtor relativamente menor de dióxido de carbono que causa o aquecimento global. Embora agora represente cerca de 2% das emissões globais de carbono, essa proporção só aumentará para 3% até 2040, projetou o estudo. Fonte: Reuters

sábado, 18 de maio de 2019

Quando se tem demasiada consciência.

Foto by: Sofia Ramos

Quando se tem demasiada consciência.

...tem-se real noção do que realmente importa... obviamente que tu irás pensar que o que importa para mim, poderá não ser o mesmo que importa para ti...

Mas aí está, quando as circunstâncias da vida te fazem mais consciente, deixa de ser uma questão de relatividade, o certo e errado, o bom e mau, o claro e escuro, o céu e o dia...e as nossas escolhas rondam em torno disso!

Deixo de ambicionar um palácio para viver...e quero apenas quatro paredes brancas...e um tecto branco de preferência.

...eventualmente pedirei a minha amiga Indi Mateta que me coloque lá, ou ajude a fazer uma mandala na minha parede...mas só. Preciso de espaço com menos...

Ontem ambicionei o reconhecimento, hoje eu quero poder doar me.

Galgar este mundo,  doar o meu conhecimento aos meus irmãos espalhados por todo mundo... e aprender com eles, quem sabe em troca eu não ganhe um sorriso, e na maior das hipóteses quem sabe esse sorriso venha com um abraço...

...abraçar a causa do meu continente! Sei que pode parecer utopia, mas não custa nada sonhar que um dia todos os filhos de África  se ligarão em prol do nosso berço, pelos nossos filhos...

Que sejamos nós a idealizar as soluções para as nossas makas...e paremos de importar soluções pré fabricadas, que nunca nos assentam como deveriam!

Não precisamos de milhões para isso, o nosso capital humano chega e sobra!

...quando se tem demasiada consciência, o foco é o agora! O ar que respiro, o sol, o observar para além do que está a vista, o desfrutar do silêncio, o desligar o feed do dia a dia...os sorrisos que criamos nos outros, o calor humano que partilhamos, o bom dia a um perfeito estranho...

Sinto-me hoje demasiado consciente! E com uma certeza de que não preciso preocupar me hoje com o amanhã...porque ele chegará de qualquer jeito, e nessa altura eu vou saber gerir...mas vou fazê-lo no presente, também sem interferências nem do passado, nem do futuro...

Só quero o meu presente! e em cada minuto sendo mais  e tendo menos...
By: Neusa e Silva

Guia para o Desenvolvimento Pessoal, Profissional e Comunicação Digital

  Os estágios e trabalhos práticos não só fornecem experiência valiosa, mas também permitem que os estudantes desenvolvam redes profissionai...