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sábado, 6 de junho de 2020

ONU e União Africana lançam Guia para proteger mulheres e crianças durante a pandemia

Escritório de Direitos Humanos da ONU e União Africana divulgam sete acções para evitar discriminação contra mulheres e crianças durante resposta à pandemia.




Mulheres e meninas africanas são o público alvo de uma iniciativa das Nações Unidas com a União Africana para combater discriminação e promover os seus direitos durante a pandemia.
Recordo-lhe que um guia semelhante foi criado durante os surtos de ebola e zika. A ONU e a União Africana anunciaram que o objectivo do referido plano é aliviar o impacto negativo a curto e longo prazo da pandemia sobre mulheres, que são frequentemente mais atingidas pelo vírus.
O Escritório Regional para o Leste da África apresentou as “Sete Possíveis Acções denominadas Direitos das Mulheres e Covid-19”, e espera que todos os Ministérios africanos que participam da resposta à pandemia sigam as directrizes contidas no referido plano. O guia também atende à sociedade civil e a defensores de direitos das mulheres.
O guia lembra que 74% das mulheres africanas que actuam na economia informal têm sido fortemente afectadas pelas medidas impostas para travar a pandemia
Segundo o guia, os países devem incluir a autonomia económica das mulheres no sector informal em suas medidas e políticas para mitigar os efeitos negativos da pandemia nesta camada mais vulnerável da sociedade.









54 elefantes mortos ao longo do Delta do Okavango em Botswana


Os moradores do sub-distrito de Okavango em Botswana classificaram como sendo misteriosas as mortes dos 54 elefantes encontrados ao longo do delta do Okavango nos últimos dias.




Molathegi Moyei presidente do Okavango Community Trust (OCT), afirmou que os moradores locais estão chocados com as mortes dos elefantes, e negou as alegações de que os agricultores poderiam envenenar os elefantes como vingança, por estes destruírem as suas plantações.

“Desta vez, houve um conflito mínimo de vida selvagem humana em nossas áreas, pois muitos agricultores araram e garantiram sua produção antes que os elefantes pudessem destruir seus campos. Não vejo motivo para os agricultores fazerem isso ”, disse Moyei.


O presidente do Okavango Community Trust (OCT) expressou preocupação com o fato de algumas carcaças terem sido encontradas dentro do delta do Okavango, o que representa uma ameaça para a saúde da população local uma vez que os moradores abastecem-se de água no rio.
O Ministério do Meio Ambiente, Conservação de Recursos Naturais e Turismo de Botswana divulgou uma declaração levantando preocupações sobre a misteriosa morte de elefantes em Seronga e Eretsha nas últimas semanas. Um total de 12 mortes foram registadas na semana passada depois de terem sido registados 44 no passado dia 18 de Março 2020.


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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé debatem o Futuro do Teletrabalho em África



 O Futuro do Teletrabalho em África

 

O futuro mudou! Ou seja, tudo que idealizamos e tomamos como garantido a nível profissional durante anos, desmoronou em fracção de segundos. A pandemia da Covid-19 trancou-nos em casa, subiu muros e colocou-nos a viver literalmente no Digital.

De repente o teletrabalho passou a ser o normal e quem não conseguir acompanhar esta aceleração e transformação, adaptando-se para apresentar os mesmos resultados a distância corre o risco de ficar literalmente ultrapassado.

Se nos outros continentes os profissionais têm que debater-se com o tempo prestado ao empregador a partir de casa, empresas ponderam adoptar o teletrabalho na era pós-covid, e até foi criada legislação para regular o teletrabalho, no continente africano o assunto terá de ser analisado ou abordado sobre outro prisma.

Assim o neusaesilva.blogspot.com enquanto gerador de pautas africanas, propõe-lhe uma reflexão sobre o teletrabalho em África proporcionando-lhe as experiências da Fotógrafa e Criativa Indira Mateta a partir de Angola, do Ouri Pota Pacamutondo Jornalista da Rádio Nacional de Moçambique, correspondente das Nações Unidas e docente Universitário a partir de Moçambique, da Cristina Morais Delegada da Sapo a partir de Cabo Verde, e do Chris Allen Barroso Analista de Sistemas de Informação em São Tomé.

Grafismo: Bantumen 

sábado, 2 de maio de 2020

Quando isto tudo passar...Botswana!

Botswana, terra dos meus irmãos  é apenas um dos melhores destinos em África...


Tal como muitas outras pessoas o confinamento desperta em mim a capacidade de "decantar"...e quando "decantamos" vem ao de cima aquilo que realmente importa da forma mais clara possível...concordas comigo? 

Então no capítulo dos destinos este é um ponto para visitar urgente...e o teu qual é? Ou seja, vou colocar-te a questão de outra forma: O teu conceito para definir as tuas prioridades, mudou? ou continua o mesmo?  Pensa nisso...


Saiba mais sobre este destino neste repost da wikipédia:

O Botswana, um país sem costa marítima localizado na África Austral, tem uma paisagem definida pelo deserto Kalahari e pelo delta do Okavango, que se torna um exuberante habitat animal durante as enchentes sazonais. A enorme Reserva de Caça de Kalahari Central, com seus vales de rios fossilizados e suas pradarias onduladas, abriga diversos animais, como girafas, guepardos, hienas e mabecos.


Sobre o que vamos fazer depois do confinamento.

Perdoe-me mas isto não é sobre a Covid-19! É sobre "Parasitas"



Com o confinamento obrigatório quem é amante de cinema o que mais tem feito nos tempos livres é ver filmes...pois bem, Mrs MBandango viu este filme, por sinal vencedor dos óscares 2020 e escreveu sobre ele...

"Parasitas"

Ontem vi finalmente o tão aclamado e premiado filme que fez sensação na última edição dos Óscares, tendo arrebatado as mais cobiçadas estatuetas, nas diferentes categorias...

A trama ocorre em Seul, há mais de 12 000 KM de Luanda, contudo o paralelismo entre as duas cidades, é simplesmente flagrante.

 Não me refiro à imponência e pujança económica de uma uma e de outra, muito menos à densidade populacional, de uma e de outra. Refiro -me ao drama da desigualdade social, do enorme fosso entre as diferentes classes e castas.

 Neste particular, o retrato com que nos brinda o realizador reflecte , salvaguardadas as devidas distâncias, a realidade crua e nua do nosso país e especialmente da capital, Luanda .

A linha narrativa, construída na base da ironia e humor cáustico, habilmente disfarçado na brandura de carácter das personagens que representam as disfuncionais famílias Park e Kim, trazem ao de cima o protótipo do ser humano que temos vindo a construir. Egoísta, materialista, desonesto, cínico e ingenuamente crente na sua imortalidade.

A luta pela sobrevivência levou aos membros da família Kim, a dos serventes, a fazer recurso à  expedientes pouco edificantes mas aos seus olhos, legítimos.

O desprezo e a condescendência da família Park para com eles, era ostensivo e francamente  humilhante.

Uma das cenas mais marcantes e em minha opinião melhor conseguidas do filme, foi o momento em que, de regresso à casa, foram impiedosamente inundados pelas chuvas e viram os seus parcos pertences, diluídos e arrastados  pelas correntes das águas e nelas diluiam-se os seus  sonhos, as utópicas ideias e a sensação anestésica, que os breves momentos de convívio na ala dos privilegiados lhes provocava.

A cena remeteu-me para as barracas da boa vista, para o bairro do paraíso, da fubu, do catambor e de tantos outros em que vivem muitos dos nossos concidadãos e que nos  dias de chuva passam pelo mesmo drama.

No final do filme, tive dificuldade em identificar quem eram os verdadeiros parasitas. Se os ricos e privilegiados da família Park ou os seus serventes, da família Kim.  Parece-me que todos eles são vítimas da sociedade que estamos infelizmente a forjar, em que prevalece a arrogância, insensibilidade, desonestidade e materialismo doentio...claro que nem tudo está perdido, há excepções...

Mbandango 17.04.20












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domingo, 29 de março de 2020

UNECA recomenda: suspensão de Juros de dívidas nacionais, como forma de apoiar nações africanas na luta contra o COVID-19



A Comissão Econômica das Nações Unidas para a África, Uneca, considera que existem  três formas que os países mais desenvolvidos podem usar para ajudar o continente Africano a combater a pandemia do novo coronavírus. 
Segundo a UNECA, sendo uma crise global, África será mais afetada, com um custo econômico pesado e duradouro, que ameaçará o progresso, ampliará as desigualdades e piorará as fragilidades.”
A Comissão afirma que os países africanos “ preparam-se para os piores efeitos da pandemia, mas ainda assim precisam do apoio para a crise de saúde e para as consequências económicas. 
Medidas que foram tomadas na Ásia, Europa e América do Norte, como distanciamento físico e lavagem regular das mãos, estão a ser já  um desafio particular para países com ligação limitada à internet, populações densas, acesso desigual à água e redes limitadas de segurança social.
Devido a essas dificuldades, a Uneca propõe três acções para as 20 maiores economias do mundo, G20, são elas:
1.       Apoio a uma resposta imediata e humana

2.     Aprovação imediata de um estímulo económico de emergência 

3.     Implementação de  medidas de emergência para proteger 30 milhões de empregos, sobretudo nos sectores do turismo e aviação

Eu particularmente podia apontar outros constrangimentos na capacidade de resposta dos países africanos.

Os principais desafios serão a reduzida mão de obra qualificada, a escassez de laboratórios de referência nos países Africanos,  e conter a  contaminação nos mercados a céu aberto. Ou seja o modelo adotado pelos outros continentes terão de ser alterados e adaptados a realidade Africana, para terem os efeitos desejados na luta contra a pandemia,  
Mas gostaria aqui de partilhar dois exemplos que considero serem importantes adoptados por líderes africanos: 

·        João Lourenço presidente de Angola, além de emagrecer o aparelho do estado e cortar despesas supérfluas, determinou o abastecimento de água nas comunidades sem água potável.

·        No Ruanda a solidariedade e união são valores básicos passados a nível institucional pelo presidente Paul Kagame, o @RwandaGov  iniciou a distribuição de alimentos e bens essenciais para os mais vulneráveis, que foram afectados por medidas para evitar que o COVID-19 se espalhasse ainda mais.

                   https://twitter.com/onduhungirehe/status/1243890915720167424?s=20

Nos próximos artigos vamos continuar a olhar para boas práticas adotadas pelos líderes africanos no combate a pandemia Covid-19


segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Angola: Poderá algum dia revitalizar a Indústria do Café?

A consultora Equinox considera que se forem adotadas políticas comprovadamente exequíveis, Angola poderá ver o resultado e a recuperação do sector cafeeiro já nos próximos cinco anos.




Conforme anunciei, hoje vou apresentar-lhe as conclusões do estudo sobre a indústria do café em Angola e o posicionamento desta comoditie em África.

De acordo com o relatório apresentado pela consultora equinox encomendado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, o café é a segunda mercadoria mais comercializada no mundo. 
Em média são consumidas em todo o mundo 2,25 milhões de chávenas de café por ano. 
O café é uma indústria que movimenta cerca de  US $ 200 mil milhões e envolve cerca de 125 milhões de pessoas.

Antes de avançarmos para Angola, deixe-me situar-lhe sobre o estado actual da indústria do café em África.

No top 10 dos países produtores e exportadores de café em 2018 está em primeiro lugar o Brasil, Vietname, Colômbia, Indonésia, Etiópia, Honduras, Índia, Uganda, México e Guatemala respectivamente.

Apesar do café ter sido descoberto em África na Etiópia, o continente fornece só 10% do volume global de café. Os estudos indicam que é claramente uma comódite que pode viabilizar um desenvolvimento sustentável em África.

Olhemos agora para Angola:

Situada na costa sudoeste da África, Angola é o quarto maior país de África (1,2 milhão de km2) e pode vir a beneficiar de recursos naturais consideráveis: Estamos a falar do sector - agrícola (mandioca, milho, café), da mineração (diamantes) e petróleo. As terras são férteis e abundantes para uma população de cerca de quinze milhões de habitantes. Devido a três décadas de guerra consecutivas, e outros factores sociais  e políticos, ainda se encontra por explorar todo um  potencial de crescimento e desenvolvimento

 Produção de café em Angola

 Onze das dezoito províncias de Angola produzem dois tipos  de café, que são o Robusta e Arábica. O Robusta é produzido, predominantemente, nas províncias de Kuanza Sul, Uíge, Kuanza Norte, Bengo, Malanje, Zaire e Cabinda e o café Arábica é produzido nas províncias de Bié, Huambo e Benguela, e muito recentemente na Huíla.

De acordo com as estatísticas da Organização Internacional do Café  a produção média anual na década de 1960 em Angola, foi de 198.319 toneladas
No início da década de 70 (1970/71 - 1975/76), ou seja, antes da independência em 1975, a produção média anual ainda ascendia a 192,240 toneladas. ~

Neste período, Angola foi o segundo maior produtor em África depois da Costa do Marfim. A produção de Angola atingiu o pico com 241.860 toneladas em 1972/73 e, na altura foi a primeira a superar a Costa do Marfim em África.

Estudos mostram que o decréscimo da produção e atraso na recuperação podem ser atribuídos a vários factores, incluindo políticos e socioeconómicos.



Soluções – Referências Internacionais

Segundo a análise disponibilizada pela consultora Indiana Equinox, na concepção de uma intervenção eficaz para a indústria do café em Angola, será necessário estudar  o as políticas dos principais países produtores de café em todo o mundo e fazer uma comparação com a indústria do café em Angola olhando especificamente para os  seguintes factores:

  • ·        Produção e produtividade
  • ·        Consumo doméstico e exportação
  • ·        Respectiva percentagem
  • ·        Qualidade do perfil
  • ·        Tecnologia  Branding
  • ·        Sustentabilidade e certificação
  • ·        Políticas


O mesmo estudo indentificou  algumas práticas recomendadas pelos principais países produtores de café que podem ser adoptadas em Angola, por exemplo:

1.     No Brasil as taxas de juro baixas, classificação de qualidade e selo de pureza, campanha nos meios de comunicação para promover o consumo doméstico e centros de formação de café;
2.     Na Colômbia que aliás é  líder no segmento de cafés especiais, eles possuem uma replantação extensa, e escritórios nos principais países importadores de café;
3.     No Vietname  houve um aumento na  produtividade, a promoção da replantação e apoio às taxas de juro;
4.     Na Índia  eles possuem uma Classificação do café, centros de formação para agricultores e turismo centrado no café.

A consultora Equinox considera que assim que forem reunidos  dados suficientes sobre a indústria do café em Angola é possível fazer comparações que vão ajudar na elaboração de um roteiro, que será fundamental para a recuperação do sector. 

 Medidas sugeridas para Concepção de uma estratégia nacional de desenvolvimento do sector cafeeiro

1. Promoção de Organizações de Produtores de Agricultores (FPOs) para permitir a subida dos agricultores na cadeia de valor, com base numa interação do sistema do Kibutz de Israel, denominado Moshavim Shitufiim

 2. Criação de um banco (ou fundo) governamental com equipamentos agrícolas que os agricultores possam alugar e utilizar, sem investimento (capex)

3. Criação e implementação de programas de desenvolvimento para agricultores, tal como o GAP & IPM, para optimizar a produção

4. Adaptação de técnicas agrícolas integradas para mitigar riscos

 5. Implementação de opções eficientes de adaptação às alterações climáticas como forma de protecção contra imprevistos meteorológicos e fenómenos como o aquecimento global

 6. Adopção de soluções digitais em toda a cadeia de valor do café, para uma divulgação eficiente da informação

7. Criação de infra-estruturas ao nível da exploração para uniformização da qualidade e premiunização, como pátios de secagem, secadores mecânicos e moagem por via seca 

8. Optimização do preço, criando uma agência como a antiga Indian Coffee Board ou a Columbian Coffee Growers Federation para garantir rendimentos proporcionais à quantidade e qualidade do café produzido´

 9. Implementação de uma estrutura de marketing viável para maximizar os rendimentos;

10. Promoção do consumo nacional de café

11. Branding e criação de visibilidade para cafés especiais no mercado internacional.

A consultora Equinox considera que se forem adotadas políticas comprovadamente exequíveis, Angola poderá ver o resultado e a recuperação do sector cafeeiro já nos próximos cinco anos.


Guia para o Desenvolvimento Pessoal, Profissional e Comunicação Digital

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