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domingo, 23 de março de 2025

Crise no jornalismo global? Ou um ponto de ruptura e DISRUPÇÃO

                           

Jornalismo Global – Sobreviveremos à Era da Desinformação?

A relação entre poder político e imprensa atingiu agora um dos momentos mais conturbados da história. O fenómeno não começou agora, mas rapidamente está a tornar-se mais evidente que a desconfiança criada propositalmente na mídia tradicional, não é apenas um sintoma da polarização acentuada, mas sim uma ferramenta de manipulação das massas.

O uso sistemático de "fake news" para promover a desinformação no mundo e assim moldar e definir políticas públicas, não só descredibiliza os meios de comunicação tradicionais como também está a reforçar a ideia de que a verdade pode ser moldada de acordo com interesses políticos e ideológicos. Um cenário que leva a uma crise dupla e sem precedentes, cujos efeitos ainda se fazem sentir no jornalismo global com um impacto mais abrangente do que estamos a ver, com o encerramento de órgãos vitais para o funcionamento da democracia.

Vemos com tristeza a erosão da confiança pública, quando um número crescente de pessoas passou a questionar a imparcialidade da imprensa tornando-se mais vulnerável à desinformação e uma crescente polarização. Assistimos quase que de mãos atadas o consumo de notícias passar a ser um exercício de confirmação de crenças, em vez de uma busca genuína pela verdade. Em vez de expandir perspectivas, a informação tornou-se um campo de batalha ideológico.

Perante esta nova realidade, é impossível para muitos de nós ignorar o impacto profundo na forma como o jornalismo é produzido e consumido. Mas o que realmente se perde? Ainda é possível espremer estes limões?

Os desafios que ameaçam o jornalismo

Declínio do jornalismo tradicional: Nos últimos anos, muitas redações reduziram drasticamente as suas operações, levando à diminuição do jornalismo de investigação. O enfraquecimento destes espaços abriu caminho à disseminação de informações não verificadas e sensacionalistas.

Impacto na democracia: Sem um jornalismo forte e independente, denúncias de corrupção, abusos de poder e violações de direitos humanos correm o risco de não serem expostas ou sequer investigadas.

Sobrecarga e ameaças aos jornalistas: O ambiente tornou-se mais hostil para os profissionais da área, que enfrentam não apenas pressão psicológica, mas também ataques diretos, assédio online e tentativas de censura.
Para onde caminhamos? As mudanças inesperadas e oportunidades. "A ascensão do freelancer"
Claramente observamos a ascensão do jornalismo independente, com o aumento de plataformas alternativas para solicitar serviços com jornalistas locais.

Mas ainda assim, o que poderá garantir a sobrevivência do jornalismo no futuro?


Futuro do Jornalismo: 5 Caminhos para a Reinvenção

1. Transparência como pilar fundamental A credibilidade da pode ser reconstruída através de práticas mais abertas. Mostrar ao público como uma reportagem é feita, divulgar fontes e contextualizar processos editoriais são medidas essenciais para recuperar a confiança perdida.

2. Modelos de financiamento sustentáveis A dependência de publicidade e de grandes grupos enfraquece a independência jornalística. Alternativas como assinaturas, financiamento coletivo e eventos exclusivos surgem como soluções viáveis para garantir a continuidade do trabalho de investigação.

3. Combate à desinformação A criação de equipas dedicadas à verificação de factos e a expansão de ferramentas para identificar notícias falsas são fundamentais para travar o avanço da desinformação e proteger a integridade da informação.

4. Jornalismo de soluções Focar apenas nos problemas gera desmotivação e desconfiança. Destacar respostas eficazes para desafios sociais e políticos pode aproximar o público e estimular um envolvimento mais construtivo.

5. Educação para a literacia mediática A formação de um público crítico e capaz de distinguir factos de opinião deve ser uma prioridade. Parcerias entre jornalistas e educadores podem ajudar a desenvolver uma cultura de consumo consciente da informação.
O Que Esperar do Futuro?

A crise desencadeada, e acentuada com o encerramento de grandes órgãos como a VOA, por exemplo, deixa marcas profundas, mas também impulsiona mudanças estruturais. O futuro do jornalismo será moldado por aqueles que souberem:

Utilizar a tecnologia sem comprometer a ética, incorporando ferramentas de análise de dados e inteligência artificial sem abdicar do rigor na apuração.

Fortalecer a relação com o público em especial com as comunidades, criando canais diretos de comunicação e evitando a dependência exclusiva dos algoritmos.

Defender modelos de financiamento transparentes e sustentáveis, reduzindo a vulnerabilidade da imprensa a pressões externas.

Se o jornalismo tradicional foi abalado, isso não significa que está condenado ao desaparecimento. Pelo contrário: estamos perante um momento de transformação, onde a necessidade de informação credível nunca foi tão urgente.

O Papel do Público na Construção do Jornalismo do Futuro

A informação de qualidade só sobreviverá se houver um público disposto a apoiá-la. A pergunta que fica é: como cada um de nós pode contribuir para um jornalismo mais forte, ético e relevante?

"O jornalismo não morreu "está a reinventar-se". Apoia a informação de qualidade? Partilhe este artigo e incentive o pensamento crítico. #JornalismoÉResistência"

Neusa e Silva

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Grande Reportagem sobre ODS`s na CPLP da 6.ª Oficina de Jornalismo Colaborativo com Neusa e Silva


                    "A educação é a alavanca para o desenvolvimento sustentável”
                      Neusa e Silva, Fundadora da Oficina prática para Jornalistas


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) enfrenta realidades distintas na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Com a aproximação dos 50 anos de independência de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe agora em 2025, esta grande reportagem colaborativa produzida a partir dos vários países da comunidade, analisa avanços e obstáculos no caminho para a sustentabilidade.

Em Moçambique e Angola, o foco recai sobre os setores da educação e economia, onde a falta de investimento em formação está a provocar uma fuga de talentos (ODS 4, 8, 9, 10). Na saúde, sistemas frágeis colocam em risco a erradicação do HIV até 2030 (ODS 3, 10).

Deonilde da Graça guiar-nos-á pelos desafios da igualdade de género em Angola (ODS 1, 5, 8, 10), enquanto Cabo Verde se mantém um exemplo positivo, com progressos visíveis em trabalho digno, inovação e clima (ODS 8, 9, 13).
Para encerrar, uma entrevista imperdível revela como Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal estão a moldar a nova geração de cientistas para o mundo através do projeto global “Escolas Azuis”. Não perca a conversa, disponível via link neste artigo uma produção inserida na 6.ª Oficina de Jornalismo da CPLP.



Moçambique 
Carlos Nhabetse, Jornalista estagiário e integrante da 6.ª edição da Oficina 

Em Moçambique a falta de investimento na educação e a fuga de quadros qualificados compromete o alcance das ODS`s 2030 no referido setor. 
Por Carlos Nhabetse

Moçambique enfrenta desafios significativos na implementação dos ODS na educação. Especialistas alertam que até 2030, o país dificilmente alcançará a sustentabilidade educacional devido ao baixo investimento na formação de quadros, à escassez de recursos tecnológicos e humanos e à falta de valorização dos profissionais qualificados.

O Dr. João Miguel, presidente da Associação Moçambicana de Ciências da Comunicação e Informação (ACICOM) e docente na Universidade Eduardo Mondlane, destaca que embora haja esforços para capacitar profissionais, o financiamento ainda é insuficiente para atender à crescente demanda. Além disso, muitos formandos não encontram oportunidades compatíveis com suas qualificações no país, o que os leva a buscar trabalho no exterior.

A migração de quadros altamente qualificados tornou-se um dos maiores desafios para Moçambique. Profissionais de áreas essenciais, como saúde, educação, tecnologia e engenharia, têm emigrado para países como Portugal, Brasil e Canadá em busca de melhores condições salariais e de trabalho. Segundo o especialista, essa fuga de talentos compromete seriamente a capacidade do país de desenvolver setores estratégicos e de fortalecer a economia.

Quais os principais fatores que impulsionam a emigração de quadros moçambicanos?

A Falta de equipamentos modernos e infraestrutura inadequada vem dificultando o desempenho profissional dos quadros de vários setores, aliada com a pouca ou inexistente valorização dos quadros locais, com salários pouco competitivos e ausência de incentivos para retenção de talentos. Outro aspeto é a ausência de políticas eficazes para fixação de profissionais, especialmente em áreas rurais e setores técnicos.

Além da perda de capital humano, a crise econômica tem afetado esses emigrantes, tornando mais difícil a adaptação nos países de destino. Em Portugal, por exemplo, o aumento do custo de vida e as mudanças nas regras de imigração têm levado muitos moçambicanos a enfrentar dificuldades financeiras e instabilidade laboral.

Para reverter essa realidade, João Miguel sugere que Moçambique invista em programas educacionais que preparem os estudantes para um mercado de trabalho mais competitivo, além de criar mecanismos para reter talentos e garantir a valorização dos profissionais formados no país. 


Moçambique
Luisa Muhambe, Jornalista integrante da 6.ª edição da Oficina 

Moçambique e o HIV: Uma batalha contra o tempo (e as falhas que ameaçam o futuro)
Por Luísa Muhambe

A erradicação do HIV e da tuberculose é uma meta dos ODS, mas Moçambique ainda enfrenta obstáculos críticos no setor da saúde. Segundo Gilda Jossias, presidente da Plataforma Nacional da Sociedade Civil para a Saúde e os Direitos Humanos (PLASOC), a falta de equipamentos para testagem, escassez de medicamentos e carência de profissionais qualificados comprometem o atendimento adequado aos pacientes.

Além disso, o estigma social e a falta de privacidade nas unidades de saúde dificultam a adesão ao tratamento. O agravamento da crise econômica também tem impacto na situação dos emigrantes moçambicanos que vivem com HIV em países como África do Sul e Portugal, onde muitos enfrentam dificuldades no acesso a medicamentos e assistência médica devido a cortes nos serviços públicos.

Para superar esses desafios, especialistas defendem o fortalecimento do sistema de saúde com investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais e campanhas de conscientização para combater a discriminação.


Angola
Deonilde da Graça, Jornalista e integrante da 6.ª edição da Oficina 

Angola: A Urgência de Romper o Silêncio Sobre as Desigualdades de Gênero
Por Deonilde da Graça

A igualdade de gênero é um dos pilares dos ODS, mas em Angola as disparidades ainda são evidentes. As mulheres representam 51,7% da população economicamente ativa, porém 81,1% delas estão no setor informal, enfrentando dificuldades no acesso ao mercado de trabalho formal.

A taxa de desemprego juvenil chegou a 56,4% em 2024, afetando especialmente as mulheres jovens, que lidam com a dupla discriminação de gênero e idade. Além disso, muitas profissionais qualificadas têm deixado o país por não encontrarem reconhecimento e oportunidades de crescimento.
A crise econômica tem agravado a situação das mulheres emigrantes angolanas. Em países como Brasil e Portugal, muitas delas enfrentam dificuldades para validar seus diplomas e acabam ocupando empregos subqualificados, como trabalho doméstico e serviços de atendimento.

A pobreza multidimensional também impacta fortemente as mulheres dentro do país, restringindo seu acesso à saúde, educação e segurança alimentar. O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 busca ampliar a inclusão educacional e laboral, mas desafios como a falta de infraestrutura escolar e a sobrecarga de tarefas domésticas ainda limitam as oportunidades para meninas e mulheres.

Embora Angola tenha registrado avanços, como a maior representatividade feminina na política e programas de capacitação, é essencial fortalecer políticas públicas e iniciativas sociais para garantir um futuro mais equitativo.

Cabo Verde: Líder entre os PALOP

Na posição global: 88.º é o melhor entre os países africanos de língua portuguesa. Regitsa progressos no ODS 13 (Ação Climática), mas mantém obstáculos na erradicação da pobreza e acesso a recursos básicos.

Segundo a coordenadora da ONU no país, Patrícia Portela de Sousa, os indicadores cabo-verdianos superam a média global e regional, refletindo um crescimento econômico sólido e políticas públicas eficazes.

Em 2024, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima as previsões de crescimento do PIB do arquipélago, estimando um aumento de 6% neste ano e 5% em 2025. O desempenho positivo coloca Cabo Verde acima da média da África Subsaariana, consolidando sua posição como referência em desenvolvimento sustentável.

Entretanto, mesmo com esses avanços, a emigração continua sendo um fenômeno presente no arquipélago. Muitos cabo-verdianos, especialmente jovens qualificados, têm buscado oportunidades na Europa, sobretudo em Portugal e França. A crise econômica global tem impactado esses emigrantes, dificultando o acesso ao mercado de trabalho e aumentando a concorrência com cidadãos locais.

A estabilidade política, os investimentos em educação e a ampliação do acesso a serviços básicos são fatores determinantes para o progresso do país. No entanto, desafios como a vulnerabilidade econômica e as mudanças climáticas ainda exigem atenção para garantir a continuidade desse crescimento.

Como as “Escolas Azuis” estão a transformar jovens na próxima geração de cientistas em todo mundo?




Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal tem um comum a implementação da iniciativa educativa revolucionária: as Escolas Azuis. 

Trata-se de um projeto que integra a cultura oceânica no currículo escolar e que está a formar uma nova geração de jovens cientistas comprometidos com a sustentabilidade do planeta. A reportagem colaborativa da Oficina de Jornalismo da CPLP revela como este modelo está a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030.

As Escolas Azuis adotam uma abordagem pedagógica inovadora, baseada na resolução de problemas reais e na interdisciplinaridade. Os alunos são desafiados a pensar criticamente e a agir de forma proativa em projetos ligados ao oceano desde a poluição marinha até à conservação de ecossistemas. 

A iniciativa, certificada pela Rede Escola Azul Atlântico, reconhece instituições que integram a cultura oceânica de forma criativa e estratégica, preparando os jovens para serem protagonistas na luta pela sustentabilidade.

CPLP em Foco: Portugal, Brasil e São Tomé, os países que lideram a mudança

Em entrevista exclusiva à grande reportagem colaborativa, Raquel Costa, consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis, explicou que o projeto não é só sobre o oceano, é também sobre empoderar jovens para verem a ciência como uma ferramenta de transformação social. Quando um aluno de São Tomé propõe soluções para a erosão costeira com base nas boas práticas promovidas pelo Projeto Escolas Azuis, está a contribuir diretamente para os ODS 2030.

“Propus à UNESCO que liderassem a criação de uma rede global, que não é mais do que juntar à mesma mesa os atores de boas práticas, para apoiar os países e para nos apoiarmos uns aos outros”
Raquel Costa, Consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis


Raquel Costa, consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis


Propus à UNESCO que liderassem a criação de uma rede global, que não é mais do que juntar à mesma mesa os atores de boas práticas, para apoiar os países e para nos apoiarmos uns aos outros”
Raquel Costa, Consultora da Iniciativa Ocean Literacy e Escolas Azuis

Conclusão

Portugal Lidera o Cumprimento dos ODS entre os Países Lusófonos e na sequência do Ranking vem o Brasil que está na frente de Cabo Verde. 

Portugal é o país lusófono mais avançado na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo o Relatório de Desenvolvimento Sustentável 2024. O país ocupa a 16.ª posição global, a mais alta da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacando-se na erradicação da pobreza (ODS 1), igualdade de género (ODS 5) e energia limpa (ODS 7). No entanto, ainda enfrenta desafios em consumo sustentável e proteção ambiental.

O Brasil, em 52.º lugar, avança em energias renováveis (ODS 7) e parcerias globais (ODS 17), mas lida com desigualdade social e pobreza. Já Cabo Verde, na 88.ª posição, lidera entre os países africanos lusófonos, com progresso na ação climática (ODS 13), apesar de obstáculos socioeconômicos.

Os PALOP enfrentam desafios estruturais: São Tomé e Príncipe (118.º) e Moçambique (148.º) progridem em áreas específicas, mas lidam com pobreza e instabilidade política. Angola (155.º) apresenta retrocessos econômicos. Guiné-Bissau (156.º) e Timor-Leste são os mais vulneráveis, com governança frágil e pouco avanço nos ODS.
Apesar de liderar entre os lusófonos, Portugal ainda tem desafios a superar. O Brasil e Cabo Verde avançam em setores estratégicos, enquanto os PALOP precisam de reformas e cooperação internacional (ODS 17) para acelerar o desenvolvimento sustentável.

Sobre o projeto 

Fundada há 5 anos pela jornalista angolana Neusa e Silva, correspondente internacional com experiência em veículos como Euronews, CNN Portugal, Rádio e Televisão Pública Alemã, e Projetos de investigação ambiental, a Oficina prática e gratuita de Jornalismo Colaborativo na CPLP é uma resposta à desigualdade no acesso à formação jornalística de alto nível.. 

A 6.ª edição conta com a Parceria Estratégica do Observatório do Terceiro Setor do Brasil e do Dia de doar Brasil, e tem como tema central os "Desafios no Alcance dos ODS 2030 na CPLP" 

A Oficina virtual tem o apoio de jornalistas internacionais, mentores residentes como 

Filipe Teles, Jornalista especialista em reportagens colaborativas, Márcia Veiga Jornalista da BBC, Osvaldo Silva Freelancer da AFP, Gastão Travado do Coletivo de Filmmakers de Lisboa e mais recentemente juntou-se ao coletivo de mentores residentes o Jornalista Ricardo Figueira da Euronews. 

A Oficina não é só sobre formação prática, é também um movimento para garantir que o jornalismo global ouça as vozes que tradicionalmente ficam de fora por falta de privilégios sociais.”

Neusa e Silva, Fundadora
Email: neusaesilvaangola@gmail.com

Uma Revolução criada para formação prática de jornalistas










quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A Visita de Joe Biden a Angola com passagem por Cabo Verde: Potencial para o desenvolvimento sustentável e impacto nas comunidades mais carentes



A menos de um ano de Cabo Verde e Angola celebrarem meio século de independência, a primeira visita de um Presidente dos Estados Unidos da América a ambos os países marca um momento histórico. Para além do impacto simbólico, esta visita pode abrir portas para um desenvolvimento mais equitativo e sustentável, especialmente para a população mais carente.

Angola no Centro da Geopolítica

A presença de Joe Biden em Angola sublinha a importância crescente do país no cenário geopolítico mundial. A sua localização estratégica e os vastos recursos naturais, como petróleo, gás e minerais, tornam Angola um parceiro valioso para várias potências globais. Este reconhecimento coloca Angola sob um novo olhar, não só dos Estados Unidos, mas também de outros investidores internacionais.

Para além dos recursos naturais, há um interesse emergente em diversificar as áreas de investimento. Setores como a agricultura, a transformação alimentar e a industrialização local começam a ganhar destaque, especialmente no contexto da redução da dependência das importações. Esta mudança não só poderá fortalecer a economia nacional, mas também criar oportunidades significativas para as populações mais vulneráveis.

Potenciar Ganhos para as Comunidades Carentes

A história de países como o Botswana oferece um modelo inspirador para Angola. No Botswana, as multinacionais que exploram recursos locais são condicionadas a investir diretamente nas comunidades onde operam, por meio de programas de desenvolvimento social e infraestruturas. Em Angola, medidas semelhantes poderiam traduzir-se em:

Criação de Empregos Locais: Priorizar a contratação de mão de obra local e garantir formação profissional pode melhorar significativamente as condições de vida das comunidades carentes.

Desenvolvimento de Infraestruturas: Investimentos em escolas, hospitais, e redes de transporte nas áreas mais pobres podem ser exigidos como contrapartida às multinacionais.

Industrialização Local: Fomentar a transformação da matéria-prima dentro do país cria uma cadeia de valor que beneficia diretamente a população.

Apoio à Agricultura e Segurança Alimentar: Desenvolver a indústria alimentar transformadora pode reduzir a insegurança alimentar, gerar empregos e fomentar economias locais.
O Papel das ODS 2030

A presença internacional crescente em Angola pode contribuir para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente em áreas como:

Erradicação da Pobreza (ODS 1): Com a criação de emprego e melhorias nas infraestruturas.

Educação de Qualidade (ODS 4): Através de investimentos em escolas e programas de capacitação.

Indústria, Inovação e Infraestruturas (ODS 9): Com a promoção de indústrias locais e a melhoria de infraestruturas.

Redução das Desigualdades (ODS 10): Garantindo que os benefícios do desenvolvimento cheguem às populações mais vulneráveis.


Como Ativar Estes Ganhos

Para que estas oportunidades se traduzam em benefícios concretos, é essencial implementar estratégias claras e eficazes como políticas governamentais fortes com regulamentações que exijam contrapartidas sociais e ambientais às multinacionais, transparência e responsabilidade com monitorização dos investimentos e assegurar que os compromissos sejam cumpridos, parcerias público-privadas para promover colaborações entre o governo, empresas privadas e organizações não governamentais para maximizar o impacto social e envolvimento das comunidades para garantir que as populações locais participem na tomada de decisões e beneficiem diretamente dos projetos.
Um Futuro Promissor

A visita de Joe Biden e o consequente interesse internacional por Angola são mais do que um sinal de reconhecimento geopolítico, o que se traduz, quando bem aproveitado, em uma oportunidade para transformar o potencial económico em ganhos concretos para as comunidades. Com políticas bem estruturadas e o envolvimento ativo das comunidades, Angola tem a oportunidade de se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável em África, contribuindo simultaneamente para o cumprimento das metas globais das ODS 2030.

Se o momento for bem aproveitado, o impacto poderá ser duradouro, promovendo não só o crescimento económico, mas também a justiça social e a melhoria da qualidade de vida das populações mais carentes.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Pautas prioritárias e Jornalismo Freelance ao serviço das ODS´s 2030


Escolheu o jornalismo porque acredita no poder das histórias. Acredita que uma reportagem bem feita pode iluminar problemas, dar voz a quem é silenciado e inspirar mudanças. Mas, sejamos honestos: o caminho nem sempre é fácil.

Quantas vezes já se sentiu frustrado ao tentar encontrar espaço num mercado saturado? Quantas vezes já questionou como poderia destacar-se num cenário tão competitivo, onde as oportunidades parecem ser escassas e as grandes redações cada vez mais reduzidas?

A realidade é que o jornalismo está a passar por uma transformação rápida. As grandes redes de comunicação, para enfrentar os desafios de orçamento e de eficiência, apostam cada vez mais em freelancers. Já não procuram apenas repórteres generalistas; procuram especialistas. Profissionais locais que conheçam a fundo os seus contextos e que possam trazer, de forma ágil e precisa, histórias de impacto direto dos locais onde os factos acontecem.

O que procuram as grandes empresas de comunicação?Alcance global, orçamento local: Contratar jornalistas freelancers locais permite que estas redes atuem em qualquer parte do mundo sem os custos de deslocação de equipas internas.
Narrativas autênticas e contextuais: Valorizam reportagens que carreguem o olhar único e aprofundado de quem vive e conhece o terreno. É isso que dá credibilidade e profundidade às histórias.
Rapidez e eficiência: O tempo é essencial, e contratar localmente é uma forma de acelerar a cobertura dos acontecimentos.

Mas o que isto significa para si? Significa que, pela primeira vez, não precisa de estar numa grande redação em Londres, Nova Iorque ou São Paulo para ter impacto global. Pode construir uma carreira internacional a partir da sua cidade, do seu país, desde que esteja preparado e posicionado da maneira certa.

Por que motivo tantas portas parecem fechadas?

Porque o mercado mudou, e muitos ainda não compreenderam como adaptar-se. As grandes redes já não contratam como antes; procuram jornalistas com portfólios digitais sólidos, com capacidade para contar histórias locais relevantes, conectadas aos desafios globais. Querem profissionais que compreendam o contexto, que utilizem dados e que apresentem soluções.


Se sente que falta algo para dar o próximo passo, talvez seja porque o mercado mudou as regras, e ninguém lhe explicou. Mas a boa notícia é que nunca houve tantas oportunidades para jornalistas freelancers.

Este é o momento de redefinir a sua carreira.

Imagine conseguir mostrar o impacto das alterações climáticas na sua região e que essa história alcance leitores em todo o mundo. Imagine ter a sua reportagem publicada numa grande rede de comunicação internacional porque soube estruturar uma proposta que destacasse a relevância e o valor único da sua narrativa.

As grandes pautas globais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alterações climáticas, desigualdades sociais não estão a ser devidamente exploradas nos alinhamentos editoriais. Pode ser o profissional que trará estes temas para o centro do debate, alinhando-se não só ao que o público procura, mas ao que o mundo realmente precisa.

O que precisa para dar este salto? Um portfólio digital bem estruturado, que mostre o seu trabalho e a sua capacidade de contar histórias de impacto.
Conexões em redes de freelancers e jornalistas independentes. Trabalhar de forma isolada já não funciona; é necessário criar uma rede de trabalho conjunto, especialmente nos países da CPLP, onde há tanto potencial por explorar.
Saber apresentar propostas de reportagem claras, bem fundamentadas e que respondam diretamente às necessidades das grandes redações.

Conhecer os apoios e financiamentos disponíveis para cobrir temas de relevância global, como os relacionados com o clima e os ODS.

O jornalismo de hoje exige mais, mas também oferece mais. Este é o momento de se preparar, de posicionar-se como um profissional que compreenda as necessidades do mercado e que esteja disposto a ser a ponte entre o local e o global, entre as histórias que precisam de ser contadas e o público que precisa de as ouvir.

O mundo precisa da sua voz. As grandes redes de comunicação precisam da sua visão local para enriquecer as suas narrativas. E merece ocupar o espaço que sempre desejou no mercado internacional.

Não deixe que as portas continuem fechadas. Invista no seu propósito, na sua capacidade de transformar histórias em impacto e de alinhar o jornalismo às mudanças que o mundo precisa de ver.

Este é o momento. Estamos aqui para ajudá-lo a dar o próximo passo. 🌍

🌐 Inicie a sua inscrição através do link para o grupo: chat.whatsapp.com/GqkdmVHGYNT2k2Xx10kfe5

⚠️ Importante:

 Vagas sociais para jornalistas em situação vulnerável: Se estás numa situação económica difícil, podes solicitar uma bolsa de participação. Basta enviar um e-mail para docpt59@gmail.com, explicando a tua situação e pedindo a bolsa. As vagas são limitadas, e esta pode ser a tua última oportunidade de fazer parte deste projeto único. Esta é a tua chance de começar uma carreira como jornalista freelancer internacional, colaborar numa grande reportagem internacional alinhada com as ODS 2030 e aprender a criar impacto com temas globais como as alterações climáticas e os fluxos financeiros sustentáveis. 

Apoia o projeto fazendo uma doação: 🔹Portugal IBAN: PT50001000006137773000176 SWIFT: BBPIPTPL Contacto: 📧 docpt59@gmail.com

sábado, 2 de novembro de 2024

ONU Lança relatório sobre lacuna de emissões 2024 e António Guterres faz apelo urgente por ação climática



NOVA IORQUE (ONU News) – A urgência da crise climática nunca foi tão evidente. Na apresentação do Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2024, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo poderoso e direto, sublinhando a ligação fatal entre o aumento das emissões de gases de efeito estufa e a escalada de desastres climáticos pelo mundo.

“Em todo o mundo, as pessoas estão a pagar um preço terrível”, afirmou Guterres, numa mensagem que não deixa margem para dúvidas.

O relatório, um dos principais documentos anuais sobre as emissões globais de carbono, detalha como os níveis recorde de poluição atmosférica estão a intensificar fenómenos climáticos extremos que atingem comunidades e ecossistemas de forma devastadora. Guterres destacou três áreas principais onde a crise climática se manifesta de forma catastrófica:

🔹 Emissões recorde de gases de efeito estufa estão a aquecer os oceanos a níveis inéditos, alimentando furacões e ciclones de força cada vez mais destruidora.

🔸 O calor extremo transforma florestas inteiras em barris de pólvora prontos para incêndios catastróficos, enquanto as cidades enfrentam temperaturas insuportáveis, tornando o ambiente urbano em verdadeiras “saunas”.

🔹 Chuvas intensas e imprevisíveis provocam inundações com dimensões “bíblicas”, devastando comunidades, destruindo infraestruturas e causando perda de vidas humanas.

A mensagem de Guterres chega num momento crítico. Com a COP29 marcada para este mês em Baku, no Azerbaijão, as Nações Unidas veem nesta conferência uma oportunidade vital para que as nações reafirmem – e ampliem – o seu compromisso com a redução de emissões.

A Responsabilidade das Grandes Economias

Para Guterres, o papel das maiores economias do mundo é inegável. Os países do G20, responsáveis por cerca de 80% das emissões globais, “devem assumir a liderança” na luta contra as mudanças climáticas. Sem compromissos firmes dos principais emissores de gases de efeito estufa, as metas de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais tornam-se cada vez mais inalcançáveis.

O secretário-geral apela a que os líderes dos países do G20 se posicionem de forma decisiva e liderem pelo exemplo. “A responsabilidade recai sobre as maiores economias, que têm a capacidade e os recursos para fazer mudanças significativas. O tempo para promessas vagas acabou – precisamos de ações concretas e ambiciosas,” reforça.

Uma Campanha pela #AmbiçãoClimática

A mensagem da ONU é clara: precisamos de uma #AmbiçãoClimática mais forte e eficaz. A campanha global convida cidadãos e ativistas a pressionar as lideranças políticas para que adotem políticas climáticas mais rigorosas e implementem reduções de emissões imediatas.

“Esta é uma luta pelas pessoas e pelo planeta,” afirma Guterres, sublinhando que todos têm um papel a desempenhar na proteção do nosso futuro coletivo. Ele incentivou todos os cidadãos a unirem-se ao apelo por uma ação climática mais ambiciosa, usando a COP29 como uma plataforma para exigir mudanças concretas.

Um Apelo à Esperança e à Ação

O Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2024 é um lembrete alarmante da estreita janela de oportunidade que temos para evitar as piores consequências da crise climática. Mas, como sempre, Guterres termina com uma nota de esperança. “Ainda há tempo, mas a janela está a fechar rapidamente. Cabe-nos a nós garantir que este momento de crise se transforme num ponto de viragem para o bem do nosso planeta e das gerações futuras.”

Com o aumento constante de desastres climáticos, desde furacões devastadores a incêndios incontroláveis e inundações sem precedentes, o relatório é mais do que uma análise científica – é um apelo urgente à ação. O momento de agir é agora, e a COP29 pode ser a nossa última grande oportunidade de reverter este caminho trágico.

A apenas 5 anos da Agenda 2030, líderes mundiais firmam novo "Pacto na Cimeira do Futuro 2024"

 

                        Foto: ONU News

Com apenas cinco anos para cumprir a Agenda 2030, líderes de todo o mundo reuniram-se na Cimeira do Futuro e comprometeram-se com um ambicioso "Pacto para o Futuro". Este pacto marca uma resposta urgente e decisiva aos desafios globais mais críticos e sublinha a necessidade de acelerar as ações para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável, numa altura em que o tempo está a esgotar-se.

O Pacto para o Futuro: Um Compromisso Urgente e Abrangente

O Pacto para o Futuro é o acordo mais abrangente das Nações Unidas em décadas, com medidas concretas para enfrentar crises iminentes e modernizar a cooperação internacional. Com este pacto, os líderes procuram assegurar que as instituições internacionais estão preparadas para responder de forma eficaz às complexidades do mundo atual, promovendo um sistema mais inclusivo e justo.

Desenvolvimento Sustentável e Financiamento: Uma Corrida Contra o Tempo para a Agenda 2030

A urgência em cumprir a Agenda 2030 é o centro deste pacto. Os países reafirmaram o compromisso de erradicar a pobreza e a fome, e prometeram esforços redobrados para financiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com soluções inovadoras e uma mobilização de recursos sem precedentes. Entre as principais medidas estão:

Aumento da ajuda ao desenvolvimento; Mobilização de investimentos do setor privado; Estabelecimento de uma taxa mínima global para grandes fortunas, para garantir que a recuperação e o crescimento sejam sustentáveis.

O pacto sublinha ainda a necessidade de ações imediatas face às alterações climáticas. Com apenas alguns anos para evitar os piores impactos, os líderes comprometeram-se a manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, a acelerar a transição para energias renováveis e a alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

Paz e Segurança Internacional: Diplomacia Urgente para Proteger Vidas

Num mundo cada vez mais instável, o Pacto para o Futuro sublinha a necessidade urgente de intensificar os esforços diplomáticos e promover a resolução pacífica de conflitos. Os líderes comprometeram-se a proteger civis em zonas de guerra e a reforçar a responsabilização por crimes graves. O pacto inclui um compromisso histórico com o desarmamento nuclear, o primeiro em quase 15 anos, destacando a urgência de prevenir o uso de armas de destruição massiva num momento de tensões globais crescentes.

Juventude e Participação Global: Incluir os Jovens para um Futuro Sustentável

O Pacto reconhece que o futuro do planeta depende das novas gerações e apela a uma inclusão imediata e significativa dos jovens nos processos de decisão global. Com apenas cinco anos para alcançar as metas da Agenda 2030, os líderes comprometeram-se a financiar organizações lideradas por jovens e a criar espaços de participação, através do Fundo da ONU para a Juventude, especialmente para jovens de países em desenvolvimento.

Ciência, Tecnologia e Inovação: Colmatar Desigualdades de Acesso com Ação Imediata

Reconhecendo que as desigualdades no acesso à tecnologia e à ciência são um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, o Pacto introduz medidas urgentes para aumentar a inclusão e a participação de mulheres e raparigas nestes sectores. Os líderes comprometeram-se a aumentar o financiamento para inovação tecnológica com foco nos ODS, e a reforçar as capacidades da ONU para apoiar os países em desenvolvimento no uso de tecnologia para o progresso sustentável.

Transformação da Governança Internacional: Reformas Essenciais para Um Sistema Justo e Eficaz

O Pacto exige uma reforma urgente e profunda do sistema multilateral, tornando-o mais representativo e preparado para responder aos desafios globais. Entre as reformas planeadas está o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança da ONU e uma revisão da arquitetura financeira internacional para responder às necessidades dos países mais vulneráveis. Estas reformas são vistas como essenciais para que o sistema internacional possa agir rapidamente e com eficácia.




Pacto Digital Global: Garantir Segurança e Inclusão no Mundo Digital

O Pacto Digital Global, parte integrante deste acordo, é uma resposta urgente aos desafios e perigos do mundo digital. O pacto estabelece compromissos para regular e tornar o espaço digital mais seguro, combater a desinformação e proteger os direitos dos utilizadores. Também define um plano para a governança da inteligência artificial, incluindo a criação de um Painel Científico de IA e a possibilidade de um Fundo Global para capacitação em IA.

Declaração sobre as Gerações Futuras: Salvaguardar o Futuro com Ações Concretas

Pela primeira vez, os líderes mundiais assinaram uma Declaração sobre as Gerações Futuras, sublinhando o compromisso de tomar decisões que protejam o futuro e assegurem condições de vida dignas para as próximas gerações. Esta declaração propõe a criação de mecanismos para garantir que as decisões de hoje têm em conta os impactos de longo prazo, promovendo uma visão de governança que antecipa os riscos e protege os interesses das gerações futuras.

Próximos Passos: O Relógio Está a Contar

O Pacto para o Futuro inclui o compromisso de monitorizar de perto a implementação das suas medidas, com uma revisão global prevista para o início da 83ª sessão da Assembleia Geral da ONU. O relógio está a contar, e os líderes mundiais sabem que os próximos cinco anos serão cruciais para cumprir as metas da Agenda 2030. Este pacto estabelece um caminho claro e concreto para transformar promessas em ações, com o objetivo de construir um futuro onde nenhum país ou geração seja deixado para trás.

Um Chamado à Ação: É Agora ou Nunca

O Pacto para o Futuro representa uma resposta urgente e concreta aos maiores desafios do nosso tempo. A necessidade de ação imediata é clara, só através de um esforço global coordenado poderemos garantir um futuro sustentável, justo e seguro para todos.

O FMI divulgou os resultados da pesquisa de acesso financeiro de 2024



Fonte: FMI

Washington, DC: O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou os resultados da Pesquisa de Acesso Financeiro (FAS) de 2024, marcando o 15o aniversário da FAS. O relatório “FAS: 2024 Highlights”, publicado junto com a divulgação de dados, resume as principais tendências de acesso e uso de serviços financeiros nos últimos anos. Fundada em 2009, a FAS desempenhou um papel crucial no fornecimento de dados essenciais para desenvolver e avaliar políticas de inclusão financeira, um tópico de relevância fundamental para o FMI, pois promove uma participação econômica mais ampla, reduz as desigualdades, promove o crescimento inclusivo e ajuda a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O FAS é o banco de dados anual mais abrangente do lado da oferta sobre inclusão financeira, ostentando cobertura global quase completa. Abrange 192 economias, apresentando 121 séries e 70 indicadores normalizados para comparação global. O conjunto de dados da FAS se estende de 2004 a 2023 e continua a evoluir de acordo com inovações financeiras, como a prestação de serviços financeiros digitais e a crescente demanda por dados desagregados por gênero.

Os Serviços Financeiros Digitais Continuam a Fazer Ganhos

Houve um aumento substancial no uso de serviços financeiros não tradicionais, incluindo serviços bancários móveis e pela Internet, sendo o dinheiro móvel particularmente importante na África Subsaariana. No entanto, o uso de serviços financeiros tradicionais continua sendo essencial em muitas economias. Por exemplo, de 2013 a 2019, as contas de depósito por 100 adultos aumentaram em mais de 40% na Europa emergente e em desenvolvimento e na África Subsaariana. O crescimento dos serviços financeiros digitais também levou a um aumento de pontos de acesso não tradicionais, como agentes de varejo e móveis, enquanto os métodos de acesso tradicionais, como caixas eletrônicos e agências bancárias, tiveram um declínio, especialmente desde a pandemia de COVID-19 (Figura).

As Instituições De Microfinanças Continuaram Apoiando Grupos Economicamente Marginalizados

O financiamento por instituições de microfinanças mostrou resiliência em meio a recentes choques econômicos. Em várias economias, os empréstimos de instituições de microfinanças aumentaram, como indicado pelo crescimento do número de contas e empréstimos pendentes. Enquanto os bancos comerciais geralmente fornecem valores maiores de empréstimo, as instituições de microfinanças atendem a uma base de clientes mais ampla, como evidenciado pelo maior número de contas de empréstimo em comparação com as dos bancos comerciais.

Os desafios na estreitação das lacunas de gênero permanecem

Apesar dos benefícios de incorporar as mulheres ao sistema financeiro, persistem lacunas substanciais de gênero no uso de serviços financeiros. Essas lacunas são particularmente evidentes no uso de contas de depósito e empréstimo. Globalmente, os valores de depósito pendentes das mulheres como porcentagem dos homens são de 64%, enquanto seus saldos de empréstimos pendentes representam apenas 46% dos homens. Em termos de diferenças regionais, as economias avançadas demonstram uma inclusão financeira mais igualitária de gênero em comparação com as economias emergentes. Entre os últimos, a Europa emergente e em desenvolvimento, a América Latina e o Caribe mostram uma igualdade de gênero relativamente maior.

Empréstimos a PMEs Recusados

Dados da FAS indicam uma diminuição nos valores pendentes de empréstimos para PME de 2021 a 2023 na maioria das economias que relataram essas informações. Embora várias políticas de apoio tenham sido introduzidas durante a pandemia de COVID-19, desenvolvimentos subsequentes, incluindo condições financeiras mais rígidas e tensões geopolíticas, podem ter contribuído para o declínio dos empréstimos às PME.

Melhorias adicionais no FAS estão sendo testadas

Para garantir que os dados do FAS permaneçam vitais para informar a política de inclusão financeira, um exercício piloto está em andamento para avaliar o potencial de aprimorar o FAS. Isso inclui a incorporação de desagregação adicional de gênero, informações sobre novos serviços de fintech e fatores importantes, como preços e riscos de empréstimos, especialmente para populações carentes.

Fonte: FMI




FMI aprova novo acordo de crédito com Serra Leoa e reforça compromissos de desenvolvimento sustentável

 


31 de outubro de 2024

Fonte: FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje a aprovação de um acordo de 38 meses com Serra Leoa, no valor de aproximadamente 248,5 milhões de dólares, através da Linha de Crédito Ampliada (ECF). Este novo financiamento visa ajudar o país africano a enfrentar desafios económicos críticos, como a elevada inflação, a baixa reserva de divisas e as pressões sobre a dívida pública.

O acordo pretende apoiar o Plano Nacional de Desenvolvimento 2024-30 de Serra Leoa, que procura promover um crescimento económico mais inclusivo e sustentável. Para tal, o programa centra-se em reformas estruturais, investimentos sociais direccionados e melhorias na governança. O FMI espera que o financiamento forneça uma base para fortalecer as finanças públicas, reduzir a inflação e restaurar as reservas internacionais.

Principais Objetivos do Programa

Através deste novo arranjo, Serra Leoa compromete-se a:

Reforçar a sustentabilidade da dívida: Serão implementadas medidas fiscais rigorosas para controlar o endividamento e garantir que o país possa honrar os seus compromissos futuros sem prejudicar o crescimento económico.
Reduzir a inflação: A inflação, que chegou a 55% ao ano em 2023, começou a recuar e o FMI prevê que continue a baixar com o reforço da política monetária.
Reconstruir reservas internacionais: As reservas caíram para menos de dois meses de importações. A reconstrução destas reservas é essencial para estabilizar a economia e sustentar o comércio externo.
Apoiar o crescimento inclusivo: O programa inclui reformas focadas na igualdade de género, no fortalecimento das instituições e na melhoria da distribuição de recursos sociais.

Avanços e Desafios

Nos últimos anos, o governo de Serra Leoa iniciou uma série de ajustes económicos. Em 2023, conseguiu reduzir o défice fiscal em 2,8 pontos percentuais do PIB e manter o crescimento económico acima dos 5%, impulsionado principalmente pelo sector da mineração. No entanto, a dívida pública mantém-se em alto risco, e o país enfrenta desafios com os elevados custos dos empréstimos e uma inflação ainda acima do desejável.

O Sr. Bo Li, Diretor Executivo Adjunto do FMI, destacou os esforços recentes de Serra Leoa para estabilizar a economia e construir credibilidade junto aos investidores internacionais. Elogiou o compromisso do governo com políticas fiscais e monetárias rigorosas, bem como com reformas estruturais, mas alertou que o caminho para a sustentabilidade será longo e exigirá compromisso contínuo.

“Apesar dos abundantes recursos naturais e de uma população jovem, Serra Leoa ainda enfrenta desafios para melhorar os padrões de vida. Os esforços de reforma são promissores, mas é crucial manter a disciplina fiscal e monetária para garantir um crescimento inclusivo e sustentável,” afirmou Bo Li.

Uma Perspectiva de Longo Prazo

O FMI concluiu também a Consulta do Artigo IV com Serra Leoa, uma análise anual que avalia a situação económica do país. A consulta deste ano focou-se em temas como vulnerabilidades climáticas, desigualdade de género, políticas sociais, mobilização de receitas e facilitação do comércio. Estes tópicos são centrais para o desenvolvimento a longo prazo do país e foram integrados no novo programa de crédito.

O novo acordo com o FMI oferece um alívio imediato ao país, com um desembolso inicial de 46,6 milhões de dólares. No entanto, o sucesso do programa dependerá da implementação efectiva das reformas propostas e da capacidade do governo de manter o rumo, enfrentando ao mesmo tempo os impactos de factores externos e internos.

Com este apoio financeiro e o compromisso com reformas profundas, Serra Leoa espera não só estabilizar a sua economia, mas também criar um futuro mais próspero para a sua população, transformando desafios económicos em oportunidades de crescimento inclusivo e sustentável.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Guia para o Desenvolvimento Pessoal, Profissional e Comunicação Digital

 


Os estágios e trabalhos práticos não só fornecem experiência valiosa, mas também permitem que os estudantes desenvolvam redes profissionais significativas. A ausência de oportunidades práticas pode resultar numa rede de contactos profissionais limitada, o que pode ser um entrave na busca por emprego.
Este ebook é um guia para si que está a entrar no mercado de trabalho, ou que não se sente realizado a nível pessoal e profissional na atual área de trabalho. Se está a considerar uma transição de carreira, este livro é igualmente indicado para si. Aqui encontrará a base para o seu sucesso pessoal, que se refletirá no profissional.

Não se trata apenas de o ler, você precisa colocar em prática o passo a passo e construir uma nova versão de si. A chave para desbloquear o seu crescimento está em si.

“O sucesso que ambiciona é diretamente proporcional ao investimento que faz em si próprio.”

Reflexões Sobre o Autoconhecimento

Ao longo da minha jornada, descobri que o autoconhecimento é um alicerce fundamental para o sucesso, tanto na vida pessoal quanto profissional. Partilho aqui a minha experiência, e como o entendimento profundo de mim mesma transformou a minha abordagem na conquista dos meus objetivos e na forma como encaro hoje os desafios.

Conhecer as minhas próprias forças e fraquezas não só me guiou na escolha de caminhos profissionais mais acertados, mas também na minha gestão emocional diante de situações de grande stress. Esta consciência permitiu-me tomar decisões mais acertadas, conduzindo-me a um caminho de realização e sucesso.

Entender a minha posição actual foi essencial. A análise realista ajudou-me a identificar áreas para desenvolver e a identificar as oportunidades mais alinhadas com a minha paixão profissional, o que tornou os meus objetivos mais claros e tangíveis.

Parte do segredo esteve em encontrar o equilíbrio entre as metas pessoais e as metas profissionais. O autoconhecimento foi a chave para desbloquear o meu potencial, permitindo-me alcançar realizações significativas em todas as áreas da minha vida.

No percurso do autoconhecimento, descobrimos o que nos faz realmente vibrar e nos entusiasmar. Ao mergulhar profundamente neste processo, torna-se evidente o que mais amamos fazer. Investir no desenvolvimento dessas paixões não é apenas um ato de amor próprio, mas um caminho seguro para o sucesso e a realização tanto pessoal quanto profissional.

A Importância Crucial de Guias e Mentores nas Nossas Vidas

Na nossa trajetória, tanto a nível pessoal como profissional, a presença de um guia ou mentor revela-se um elemento fundamental para o sucesso. São profissionais que transcendem a simples função de aconselhamento, são verdadeiros faróis que iluminam percursos frequentemente complexos, oferecendo orientação, apoio e uma sabedoria fruto de experiências vividas. Um mentor é como uma bússola que nos orienta por entre desafios intrincados, proporcionando uma visão preciosa baseada em experiências concretas.

A função de um mentor vai para além de meras recomendações. Eles atuam como facilitadores do nosso desenvolvimento pessoal e profissional, ajudando-nos a identificar e potenciar os nossos pontos fortes e a melhorar as áreas que necessitam de aperfeiçoamento. No mundo interconectado de hoje, o acesso a redes de contactos que um mentor pode proporcionar é inestimável, abrindo portas para oportunidades que, de outro modo, poderiam permanecer ocultas.

Ademais, a caminhada com um mentor está repleta de aprendizagens e insights valiosos. Eles fornecem feedback honesto e construtivo, fundamental para o nosso crescimento. Esta orientação não só melhora a nossa performance atual, mas também nos prepara com competências para desafios futuros. Os mentores também servem como modelos de sucesso, inspirando-nos a atingir as nossas metas e ambições.

domingo, 3 de dezembro de 2023

#neusaesilvamentoria



O mundo digital revolucionou o campo profissional, e democratizou oportunidades que anteriormente eram acessíveis apenas a indivíduos com recursos avultados ou conexões industriais específicas. Plataformas como LinkedIn, Instagram e Facebook funcionam agora como portfólio digital, e permitem que as pessoas destaquem as suas habilidades, paixões e valores. Contudo, estas plataformas são mais do que simples ferramentas: "são palcos para a auto expressão e autopromoção".


Ao contrário do que acontecia há alguns anos, a marca pessoal assumiu uma importância sem precedentes no panorama atual. Anteriormente, a valorização profissional dependia frequentemente de associações a marcas ou empresas reconhecidas. Hoje, a ênfase está na essência da pessoa, nas suas competências únicas, perspectivas e contribuições pessoais. 

A era de 'vestir a camisola' exclusivamente de terceiros, negligenciando a própria marca, está a desaparecer como fumaça “no ar”. Esta mudança reflete uma compreensão crescente da rapidez com que se pode ser substituído no ambiente de trabalho moderno.

Além disso, tem-se assistido a uma crescente valorização dos profissionais que valorizam e conseguem equilibrar a vida pessoal e familiar. Muitos profissionais relegaram, ao longo dos anos, a família e as suas próprias necessidades para segundo plano, sacrificando-se por marcas ou empresas que não reflectem as suas aspirações pessoais. A consciência deste desequilíbrio tem conduzido a uma reavaliação da importância de construir e nutrir a própria marca pessoal.

Este foco na marca pessoal não é apenas sobre ser visível ou audível no meio do ruído digital, mas sobre estabelecer uma identidade autêntica e sustentável que ressoe com os valores e objectivos individuais, tanto a nível profissional como pessoal.

Eu já estive onde você está agora, e depois fiz uma carreira, para muita gente verdadeiramente impressionante, e estou agora retribuindo ao universo, compartilhando com você dicas para você trilhar o seu caminho de sonho.
Comece agora: Vou deixar aqui uma estratégia de auto-realização em 30 dias, que combina exercícios práticos, físicos, autoconhecimento e melhorias na comunicação, é um desafio, entusiasma-te. O objectivo é promover o nosso crescimento pessoal .

Vou integrar nestas componentes, atividades diárias e semanais, e sugestões de cursos com boas perspectivas de futuro.

Semana 1: Autoconhecimento

Diário de reflexão: Escreva diariamente sobre os seus pensamentos, sentimentos e experiências, focando nas suas forças, fraquezas, valores e objectivos.

Meditação e mindfulness: Dedique 10-15 minutos diários à meditação para melhorar a clareza mental e o controle emocional.
Leitura sobre desenvolvimento Pessoal: Leia diariamente um livro que promova o autoconhecimento.

Semana 2: Exercícios Físicos

Adicione uma rotina de exercícios diários: Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física, como caminhada, corrida, yoga, ou treinos de força.

Alimentação saudável: Mantenha uma dieta equilibrada e considere um diário alimentar para acompanhar os seus hábitos.
Sono de qualidade: Estabeleça uma rotina regular de sono reparador.

E mais importante, siga as minhas redes no Instagram: @nesilva30, Facebook: @neusaesilvajornalista e linkedin: Neusa e Silva, para não perder as estratégias para as duas últimas semanas.

Lembre-se que "partilhar conhecimento para mim, é a maneira mais generosa de abrir caminho com empatia, para moldar um futuro mais justo para todos."

Neusa e Silva 
um abraço





quinta-feira, 25 de maio de 2023

FMI, OCDE, Banco Mundial e OMC juntam-se pela transparência no uso de subsídios

 

Fonte: FMI - Washington, DC - 25 de maio de 2023

Organizações internacionais lançam plataforma para promover o acesso a informações sobre subsídios

Os chefes do FMI, da OCDE, do Banco Mundial e da OMC anunciaram hoje o lançamento de uma Plataforma Conjunta de Subsídios (JSP) em www.subsidydata.org para aumentar a transparência no uso de subsídios. O objetivo da JSP é facilitar o acesso a informações sobre a natureza, o tamanho e o impacto econômico dos subsídios, com o objetivo de facilitar o diálogo sobre o uso e o design adequados.

Após o lançamento da Plataforma, Ngozi Okonjo-Iweala (OMC), Mathias Cormann (OCDE), David Malpass (Banco Mundial) e Kristalina Georgieva (FMI) emitiram a seguinte declaração conjunta:

"Desde que lançamos o relatório conjunto sobre Subsídios, Comércio e Cooperação Internacional em abril de 2022, a magnitude dos subsídios onerosos cresceu, assim como as tensões em torno de seu uso. Ao mesmo tempo, uma sucessão de emergências internacionais e a crescente urgência da crise climática ressaltam que, em algumas circunstâncias, subsídios bem projetados podem ter um papel legítimo, embora muitas vezes apenas temporário.

"Os governos que decidem usar subsídios para lidar com as falhas do mercado precisam garantir que essas medidas sejam transparentes, respeitem os compromissos comerciais e não prejudiquem a previsibilidade das políticas. Eles não devem usar subsídios para oferecer uma vantagem competitiva à indústria nacional e devem procurar minimizar o custo e os efeitos de distorção sobre os parceiros comerciais. Para que isso seja feito de forma eficaz, no entanto, será necessário criar um entendimento mais comum entre os governos sobre os usos e o design adequados dos subsídios.

"A Plataforma Conjunta de Subsídios pode ajudar os governos a desenvolver esse entendimento. O primeiro passo é melhorar a transparência, e essa é a contribuição inicial da Plataforma. Esse será um esforço contínuo. Pretendemos continuar a desenvolver e ampliar a Plataforma, aprofundar nossa própria análise, identificar deficiências críticas na disponibilidade de dados e apoiar análises de alta qualidade feitas por outros.

"Ao alavancar e incentivar o desenvolvimento e a divulgação de mais dados e análises, nossa esperança é que possamos promover o desenvolvimento e a divulgação de mais dados e análises.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

African Diamond Council anuncia nova joint venture que poderá rastrear os diamantes de origem africana

 



Recentemente a African Diamond Council (ADC),  anunciou uma nova joint venture com a Authentia. De acordo com o comunicado de imprensa, o contrato integrará os diamantes brutos naturais da África à inovadora blockchain e nanotecnologia da Authentia.

Segundo a ADC, a plataforma vem garantir a rastreabilidade do diamante bruto e polido natural em todos os níveis do ecossistema do diamante, desde o ponto de extração da fonte ou mina até as mãos do cliente ou usuário final.

De acordo com o  presidente do Conselho Africano de Diamantes (ADC), Dr. M'zée Fula Ngenge, “Na última década, o ADC examinou cuidadosamente e considerou a implementação potencial de várias alternativas de blockchain. Muitas vezes, o ADC chegou perto de tomar uma decisão, no entanto, a aplicação generalizada nos países produtores de diamantes da África sempre expôs brechas arraigadas, indefesas e inesperadas quando se trata de não revelar a composição química da pedra preciosa. Dito isto, as descobertas pioneiras apresentadas pela Authentia são o que a indústria global de diamantes exige e precisamente o que as concessões africanas de mineração de diamantes precisam para validar a origem e garantir a confiança generalizada do consumidor, identificando a mina onde o diamante foi extraído, bem como seu país de origem. ” concluiu o presidente do Conselho Africano de Diamantes (ADC), Dr. M'zée Fula Ngenge. 

A questão que se coloca agora é: qual o passo seguinte caso esta nova joint venture entre a ADC e a Authentia identifiquem diamantes considerados "de conflito"?


Por Neusa e Silva 

Fundadora da African Agenda: 

"Reportamos sobre as pautas prioritárias do continente africano"


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

42ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC

Veja aqui em direto a  42ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC que decorre em Kinshasa, República Democrática do Congo



Veja aqui em direto a  42ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC que decorre em Kinshasa, República Democrática do Congo

Os Chefes de Estado e de Governo da SADC reúnem-se entre esta quarta e quinta feira,  17 a 18 de agosto de 2022 em Kinshasa, República Democrática do Congo.

A Cimeira foi antecedida da reunião do Conselho de Ministros da SADC,  com o Ministro da Integração Regional e Francofonia da RDC, Didier Mazenga Mukanzu assumindo a Presidência do Conselho de Ministros da SADC do Exmo recebendo o testemunho de Nancy Gladys Tembo, Ministra dos Negócios Estrangeiros da República do Malawi.

Ao entregar a presidência, o Exmo. Tembo expressou gratidão aos membros do Conselho de Ministros da SADC pelo seu compromisso e forte desejo de progredir para a integração regional, a fim de realizar coletivamente a Visão 2050 da SADC de uma região pacífica, inclusiva e competitiva onde todos os cidadãos usufruem de bem-estar económico sustentável, justiça e liberdade.

Hoje, 17 de agosto de 2022 é o DIA DA SADC. Veja abaixo a mensagem do Dia da SADC proferida pelo Presidente da SADC, H.E. Dr. Lazarus McCarthy Chakwera, Presidente da República do Malawi em inglês, francês e português.






segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Debate: Evolução das campanhas eleitorais em África. Foco em Angola



Hoje, o canal Youtube e o blogue agenda africana trazem para cima da mesa uma análise da “Evolução dos processos eleitorais em África, com um foco especial em Angola” Os analistas convidados são:

Dra Adriane Figueirola Buarque de Holanda da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro e o Dr Jonuel Gonçalves Pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense, que falam sobre as características e comportamento dos partidos políticos em África comparativamente aos países com democracias mais consolidadas. fazemos igualmente uma análise dos candidatos, escrutínio feito ou não pela imprensa e sociedade civil, do financiamento das campanhas, entre outros assuntos.

Produção e moderação: Neusa e Silva, jornalista freelance. Fundadora do agendaafricana



segunda-feira, 14 de março de 2022

ONU levanta o debate: "Como alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas?"


Arrancou esta segunda-feira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a 66ª. sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher. 

O  maior evento mundial organizado para mulheres decorre sob o lema "Alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas no contexto das mudanças climáticas, políticas e programas ambientais e de redução de risco de desastres.

Participam delegações de Estados-membros, entidades das Nações Unidas e organizações não-governamentais.

Durante duas semanas de sessões, a referida comissão vai analisar os progressos alcançados na área a nível mundial e fará recomendações para acelerar a implementação da Plataforma de Ação de Pequim para o empoderamento das mulheres.

Além de examinar e adotar uma resolução do tema prioritário, a reunião anual deve acompanhar as metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável para o avanço da igualdade de gênero.

Recordo-lhe que em fevereiro no final das sessões de pré-consultas a nível ministerial a União Africana emitiu um relatório dando conta que a "dependência das mulheres da economia informal para o emprego, caracterizada pela falta de direitos trabalhistas e proteção social, bem como inúmeros riscos ocupacionais, levando ao aumento dos riscos de insegurança económica e problemas de saúde. A proporção de mulheres com cobertura legal abrangente de proteção social é de cerca de 3,9%, em comparação com 10,8% dos homens na África.

Moradias pobres e perigosas e a falta de infraestrutura e serviços sustentáveis de água, saneamento e energia, particularmente em assentamentos informais, podem criar situações vulneráveis para trabalhadores domiciliares e residentes que ficam em casa, muitas vezes predominantemente mulheres. Em mais de 70% dos domicílios onde a água deve ser obtida, as mulheres e as meninas são os principais transportadores de água. Cerca de 85,7% das famílias na África Subsaariana dependem de combustíveis impuros para cozinhar e aquecer, com efeitos devastadores na saúde de mulheres e crianças, que geralmente passam mais tempo em casa.


quarta-feira, 2 de março de 2022

Banco Mundial e FMI atendem ao pedido da Ucrânia de financiamento de emergência, até Junho serão desembolsados mais de USD 2,2 bilhões

 

Crédito foto: CBS News

Washington, DC – 01 de março de 2022 

Fonte: Declaração Conjunta do FMI e Grupo Banco Mundial sobre a Guerra na Ucrânia

 A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, emitiram hoje terça-feira a seguinte declaração sobre a guerra na Ucrânia: 

“Estamos profundamente chocados e entristecidos pelo devastador custo humano e econômico causado pela guerra na Ucrânia. Pessoas estão sendo mortas, feridas e forçadas a fugir, e danos maciços são causados ​​à infraestrutura física do país. Estamos ao lado do povo ucraniano durante esses acontecimentos horríveis. A guerra também está criando repercussões significativas para outros países. Os preços das commodities estão subindo e correm o risco de alimentar ainda mais a inflação, que atinge mais os pobres. As perturbações nos mercados financeiros continuarão a piorar caso o conflito persista. As sanções anunciadas nos últimos dias também terão um impacto econômico significativo. Estamos avaliando a situação e discutindo as respostas políticas apropriadas com nossos parceiros internacionais.

“Nossas instituições estão trabalhando juntas para apoiar a Ucrânia nas frentes de financiamento e política e estão aumentando urgentemente esse apoio. Temos estado em contacto diário com as autoridades sobre as medidas de crise. No FMI, estamos respondendo ao pedido da Ucrânia de financiamento de emergência por meio do Instrumento de Financiamento Rápido, que nosso Conselho poderá considerar já na próxima semana. Além disso, continuamos a trabalhar no programa Stand-By Arrangement da Ucrânia, segundo o qual um adicional de US$ 2,2 bilhões está disponível até o final de junho. No Grupo Banco Mundial, estamos preparando um pacote de apoio de US$ 3 bilhões nos próximos meses, começando com uma operação de apoio orçamentário de desembolso rápido de pelo menos US$ 350 milhões que será submetido à aprovação do Conselho esta semana, seguido por US$ 200 milhões no apoio de desembolso rápido para a saúde e a educação. Este pacote incluirá a mobilização de financiamento de vários parceiros de desenvolvimento e congratulamo-nos com o apoio já anunciado de muitos parceiros bilaterais.

“O Banco Mundial e o FMI também estão trabalhando juntos para avaliar o impacto econômico e financeiro do conflito e dos refugiados em outros países da região e do mundo. Estamos prontos para fornecer apoio político, técnico e financeiro aprimorado aos países vizinhos, conforme necessário. A ação internacional coordenada será crucial para mitigar os riscos e navegar no período traiçoeiro à frente. Esta crise afeta a vida e os meios de subsistência das pessoas em todo o mundo, e oferecemos a elas todo o nosso apoio”.

Crise no jornalismo global? Ou um ponto de ruptura e DISRUPÇÃO

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